Deu no Defato.com
A possibilidade de greve dos
professores da Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) foi descartada, por
conta de reunião em Brasília que aconteceu entre os professores e o Governo
Federal. Das 38 representações sindicais, 26 votaram contra a greve, nove a
favor e tiveram três abstenções.
Nesta reunião, o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) representou
os professores, enquanto a Secretária de Ensino Superior (Sesu) foi a porta-voz
do Governo Federal.
Uma assembleia será realizada
na Ufersa nesta quarta-feira (11), às 17h, no auditório do Departamento de
Ciências Exatas e Naturais (DCEN), mas apenas para comunicar a categoria como
está o cenário nacional.
De acordo com o presidente da
Associação dos Docentes da Ufersa (Adufersa), José Torres Filho, os professores
da Ufersa ficam impossibilitados de fazer greve, apesar de terem votado a favor
da paralisação, porque não existe sentido em fazer uma movimentação de apenas
um grupo sindical, quando é a mesma estrutura de carreira para todos os
docentes do ensino superior do Brasil.
“Nós votamos a favor da greve,
mas não tem sentido algum fazer uma paralisação isolada da Ufersa. Estávamos
aptos a fazer a paralisação, mas é impossível essa movimentação, quando a
maioria dos professores entendeu que estão satisfeitos com a carreira. Vamos
continuar lutando para que haja uma negociação, mas sabemos que é difícil,
porque o Governo Federal não tem interesse nessa pauta”, declarou o presidente
da Adufersa, José Torres Filho.
Algumas universidades, como a
Universidade Federal Rural de Pernambuco, irão entrar em greve, mesmo com a
decisão, mas isso acontecerá por conta de fatores de estrutura locais. “Na
Universidade Federal Rural de Pernambuco existe uma Biblioteca que está sendo
construída há seis anos, por isso, eles vão fazer greve, para que seja
resolvido. Nós não temos problemas estruturais locais como esses. Então não faz
sentido”, ressaltou José Torres.
A política interferiu na
decisão dos professores de ser contrária a greve. Grande parte das
representações sindicais de docentes é ligada ao Partido dos Trabalhores, por
isso, a proximidade da realização da Copa do Mundo fez com que eles não
quisessem fazer uma ação que pudesse interferir na imagem do Partido.
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