![]() |
Ilustração do planeta Keptayn b, ao lado do aglomerado globular associado à sua estrela-mãe (Crédito: PHL/Divulgação)
|
Orbitando ao redor da Estrela
de Kapteyn, uma anã vermelha na constelação do Pintor, o novo planeta tem cerca
de cinco vezes a massa terrestre. É um bocado, se comparado ao nosso mundo, mas
ainda assim ele dá toda a pinta de ser similar à Terra em composição. Kapteyn
b, como acabou batizado, completa uma volta em torno de sua estrela a cada 48
dias terrestres, o que o coloca na distância exata de sua estrela-mãe para
permitir a existência de água em sua superfície. Os cientistas tratam essa como
a condição essencial para o estabelecimento da vida.
A questão é: há ou houve seres
vivos em Kapteyn b? Olha só, no momento, ninguém sabe. O que já podemos dizer é
que tempo para eles evoluírem não faltou. Ao que tudo indica, a Estrela de
Kapteyn nasceu cerca de 11,5 bilhões de anos atrás. Para que se tenha uma ideia
do que isso significa, é duas vezes e meia a idade da Terra! Caso a vida tenha
surgido por lá com a mesma rapidez que por cá, houve tempo de sobra para que a
evolução produzisse criaturas complexas e, quiçá, uma civilização avançada.
Aliás, pressupondo um ritmo evolutivo similar ao terrestre, teria dado tempo
para isso tudo acontecer antes mesmo que o Sistema Solar iniciasse sua
formação, 4,6 bilhões de anos atrás!
A pedido dos descobridores
(liderados por Guillem Anglada-Escude, da Universidade Queen Mary de Londres),
o astrônomo e escritor de ficção científica Alastair Reynolds fez uma reflexão
similar a essa e escreveu um pequeno conto sobre como seria o encontro de uma
sonda robótica enviada pela humanidade a Kapteyn b com as ruínas de uma
sociedade alienígena avançada que teria florescido lá muito tempo atrás. (Se
você domina o inglês, o texto pode ser encontrado aqui e vale a pena. O final é
de matar.)
O Mensageiro Sideral, por sua
vez, está preparando uma reportagem completa sobre a descoberta (que inclui
fatos curiosos, como a presença de um segundo planeta, maior e mais frio, no
mesmo sistema, e a possibilidade de que a Estrela de Kapteyn tenha se originado
em outra galáxia 11 bilhões de anos atrás e somente mais tarde migrado para a
nossa Via Láctea!). Confira todos os detalhes na Folha desta sexta-feira. E,
claro, fique ligado neste espaço para desdobramentos desse achado empolgante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente