Para a prova objetiva, a
correção usa a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor
de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes
naquele item. Assim, uma questão que grande parte dos candidatos acertou será considerada
fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar um
item com alto índice de erros ganhará mais pontos.
Dessa forma, não é possível
calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada
uma das provas. Um candidato que acerta o mesmo número de questões que outro
não terá necessariamente a mesma pontuação. O estudante só tem como saber a
nota final no Enem quando todos esses aspectos forem avaliados.
A correção da redação é mais
simples e passou por mudanças no ano passado, já que na prova de 2012 um
candidato obteve a nota máxima na redação, mesmo com a inserção de um trecho de
receita de macarrão instantâneo no texto. O Ministério da Educação (MEC)
definiu que se forem inseridos trechos indevidos, o candidato será eliminado.
A redação é avaliada por dois
corretores, sem que um saiba a nota atribuída pelo outro. No texto, são
consideradas cinco competências: domínio da norma culta da língua portuguesa,
compreensão e desenvolvimento do tema usando várias áreas do conhecimento;
defesa de um ponto de vista; argumentos e proposta de intervenção para o
problema e respeito aos direitos humanos, segundo o Guia de Redação para o
Enem.
O corretor deverá atribuir
nota de 0 a 200 para cada uma das competências. A soma (da pontuação de cada
competência) vai resultar na nota total, que pode chegar a 1.000 pontos. A nota
final do candidato será a média aritmética das notas totais concedidas pelos
dois avaliadores.
Se entre as notas totais dos
dois corretores houver diferença superior a 100 pontos ou de mais de 80 pontos
em qualquer uma das cinco competências, a redação segue para um terceiro
avaliador. Nesse caso, a nota final será a média aritmética das duas notas
totais que mais se aproximarem. No caso de a discrepância continuar depois da
terceira avaliação, a redação será corrigida por uma banca com três
professores, que vai dar a nota final.
A diferença de 100 pontos que
leva a correção do texto para um terceiro avaliador é uma das mudanças que
passaram a vigorar no ano passado. Antes, a diferença era 200 pontos.
Desde o Enem de 2012, o
estudante pode ter acesso ao texto da redação corrigido para fins pedagógicos,
ou seja, apenas para ver como foi a correção por competência. Assim, o
candidato não pode questionar a correção e pedir a revisão da nota, de acordo
com o edital do exame.
A redação deve ser um texto
argumentativo e dissertativo de, no máximo, 30 linhas. Ao escrever o texto, o
candidato precisa defender uma opinião sobre o tema apoiada em argumentos
consistentes e, por fim, elaborar uma proposta de intervenção social para o problema
apresentado.
As provas do Enem serão
aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro. O exame tem 8,7 milhões de inscritos.
Para se preparar para a prova, os candidatos podem acessar o aplicativo
questoesenem.ebc.com.br. O banco de questões da Empresa Brasil de Comunicação
(EBC) reúne itens de 2009 a 2013.
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