Lançado em 1990, o telescópio
espacial Hubble foi inicialmente considerado um fiasco: uma falha no polimento
de seu espelho principal fez com que o
equipamento se tornasse “míope”, incapaz de
focar objetos muito distantes, exatamente aqueles que ele foi criado para
estudar.
Uma “cirurgia corretiva” feita
três anos depois permitiu que o telescópio pudesse cumprir sua missão tão
majestosamente, que, mesmo com 32 anos de
atividade, ele continua nos brindando com imagens cada vez mais fascinantes do
cosmos e fornecendo valiosas informações científicas.
O flagra mais recente, feito pela Câmera Avançada para Pesquisas, mostra duas galáxias interativas, que compõem o par conhecido como Arp-Madore 608-333, flutuando lado a lado. Embora pareçam serenas e inabaláveis, elas estão sutilmente distorcendo uma à outra por meio de uma interação gravitacional mútua que está perturbando e adulterando ambas.
Segundo comunicado da NASA, a
captura das galáxias interativas em Arp-Madore 608-333 é parte de um esforço
para construir um arquivo de alvos interessantes para um estudo futuro mais
detalhado envolvendo o Hubble, telescópios terrestres e o Telescópio Espacial James Webb (JWST).
Ainda de acordo com a agência,
decidir como conceder o tempo de observação do Hubble é um processo demorado,
competitivo e difícil, e as observações são alocadas de modo a usar cada
segundo do tempo disponível do telescópio.
No entanto, há uma fração de
tempo pequena – de cerca de 2% a 3% – que não é utilizada quando o Hubble se
volta para apontar para novos alvos. Programas de registros instantâneos, como
o que capturou o par Arp-Madore 608-333, existem para preencher essa lacuna e aproveitar
os momentos entre observações mais longas.
Olhar Digital
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