Nos planos de Rogério Marinho está assumir o comando do PL no RN, em substituição a João Maia

Do Agora RN:

A volta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil aconteceu uma semana após a posse da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) como presidente nacional do PL Mulher. O ato contou com a presença de membros do PL no Rio Grande do Norte, mas também houve ausências notórias como a do presidente estadual da sigla, o deputado João Maia. Outro que estava em Brasília e não compareceu foi o deputado Robinson Faria, pai do ex-ministro das Comunicações Fábio Faria. Robinson ficou na Câmara dos Deputados em agenda paralela. O senador Rogério Marinho e os deputados General Girão e Sargento Gonçalves foram prestigiar o líder da oposição. 

 

Rogério tem procurado manter a imagem de um PL ativo, de oposição ao presidente Lula (PT) e de firmeza no apoio a Bolsonaro. Em entrevista à CNN Brasil, o líder da oposição no Senado afirmou que o retorno de Bolsonaro é significativo para a organização da oposição ao Governo Lula. “Bolsonaro hoje, independentemente das críticas que são feitas, representa um movimento”, declarou, citando que o ex-presidente perdeu as eleições presidenciais em 2022 com uma pequena diferença em relação ao petista.

 

Mas, tem um plano do qual Rogério Marinho tem evitado falar em público, apesar de já ter tido conversas reservadas com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto: substituir João Maia na presidência do PL no RN. Desde 2006, João Maia vem comandando a sigla no Estado. Hoje ela é uma comissão provisória, como acontece nos demais estados da Federação. João pode ser substituído.

Rogério é senador com mais sete anos de mandato e faz a agenda bolsonarista no Congresso Nacional. Já João Maia é da ala moderada e já votou com o Governo Lula em alguns projetos nos quais a ala radical foi contra. Ninguém vai confirmar nada de público, mas nos bastidores em Brasília existe sim um processo de fritura do nome de João na presidência do PL potiguar.

 

PRAZO

 

Sempre sendo renovado na presidência do PL no Rio Grande do Norte, o deputado João Maia foi mantido como dirigente, pela última vez, em abril do ano passado. A comissão provisória tem vigência prevista para fevereiro do próximo ano. Mas, segundo uma fonte empolgada com a provável mudança, pode ser que, até a fogueira de São João, o seridoense deixe o cargo.

 

HERDEIRO

 

Com a morte do ex-deputado Raimundo Fernandes, um novo líder de seu sistema pode despontar: o prefeito Célio de Elizeu, de São Miguel, que vem tendo altos índices de aprovação em sua gestão e conseguiu derrotar o grupo do deputado Galeno Torquato em sua cidade. Célio vai para a reeleição no próximo ano e a oposição local ainda não tem nome para enfrentá-lo nas urnas do município no Alto Oeste Potiguar.

 

SEGURANÇA

 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, veio ontem a Natal lançar a nova fase do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). O RN é o primeiro estado a receber veículos do programa. Foram 20 veículos, 220 fuzis, pistolas, armas não letais, munições, coletes e capacetes balísticos e 9 drones (sendo seis para a Polícia Militar e três para a Polícia Civil) e recursos extraordinários para custeio. Dino trouxe um dado positivo sobre a presença da Força Nacional no RN. “Não temos data para concluir os trabalhos. As medidas seguem em execução. Serão feitas avaliações mensais e até que o Governo do Estado considere necessária”, afirmou o ministro.

 

PRESTÍGIO

 

Além da governadora Fátima Bezerra, receberam o ministro Dino o vice-governador Walter Alves (MDB), o deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa; a senadora Zenaide Maia (PSD) e os deputados federais Fernando Mineiro e Natália Bonavides (ambos do PT), além dos deputados estaduais Francisco do PT, Ubaldo Fernandes (PSDB), Terezinha Maia (PL), Divaneide Basílio (PT) e Taveira Júnior (União Brasil). Os prefeitos Eraldo Paiva (São Gonçalo do Amarante) e Dr. Tiago Almeida (Parelhas) também circularam.

 

ESTRADA DA SERRA

 

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública contra a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a CLPT Construtora pedindo, liminarmente, que seja executada uma solução emergencial, a fim de reparar o dano causado na estrada de acesso à Serra de João do Vale, em Jucurutu, pelas chuvas, quando houve o rompimento de açude construído no local pelas empresas.

 

ELEIÇÃO 2024  

 

A pesquisa Consult de ontem divulgada pela Tribuna do Norte foi comemorada pelo ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT), que lidera as intenções de voto. Segundo a pesquisa, a administração do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) é aprovada por 51,7% dos natalenses. Álvaro cogita para 2023 nomes como o do deputado federal Paulinho Freire, o secretário Irapoã Nóbrega e o vereador Kleber Fernandes.

 

FATOS

 

A pesquisa Consult errou na eleição estadual passada. O estatístico e diretor do instituto, Paulo de Tarso Ferreira, destacou, ao analisar a última pesquisa em outubro, o alto número de eleitores que, seguno a pesquisa, ainda não tinham definido o voto para governador. “Esses vinte pontos percentuais [soma de nenhum e não souberam responder] podem mudar alguma coisa até o dia da eleição nos votos válidos [que a Justiça Eleitoral calcula sem considerar os bancos e nulo]. Fátima venceu no 1º turno.

 

SENADO

 

A Consult também errou para o Senado. A pesquisa entre os dias 25 e 28 de setembro apontava um empate técnico entre Rogério Marinho e Carlos Eduardo Alves, que apareciam com 26,61% e 27,67%, respectivamente, segundo o levantamento estimulado. Mais atrás e em terceiro lugar, estava Rafael Motta (PSB), com 13%. Na urna, com os votos válidos, Rogério venceu com 41,85%. Carlos Eduardo teve 33,40% e Rafael chegou a 22,76%.

 

DIAGNÓSTICO

 

A revista Veja destaca que o presidente Lula (PT) recebe todas os dias um relatório com números e análises sobre o desempenho dele e do governo nas redes sociais. O levantamento serve como bússola para orientar futuras ações, corrigir rotas, ajustar declarações, elaborar estratégias e, se necessário, lançar mão de certas táticas de combate para vencer a guerra da opinião pública.