Foto: Reprodução/UOL |
Götze se tornou o herói do
país que conquistou o Brasil. A torcida e a Copa. O sonho completo. A campeã do
mundo mostrou uma variação de jogo inacreditável para apenas sete jogos de
Copa. Começou com a velocidade contra Portugal e uma goleada marcante. Mostrou
que podia ser parada por Gana. Soube jogar no abafa contra os EUA. Contou com a
sorte e com a grandiosidade de Neuer contra a Argélia. Foi metódica contra a
França. Humilhou o Brasil. E foi sádica contra a Argentina. Quando foi
apertada, achou um gol em uma retranca na prorrogação. Dramática. Mas com
merecimento. É tetra.
Fases do jogo: Na semifinal,
Bernard foi escalado no Brasil para jogar na ponta direita para jogar na
velocidade contra a lentidão de Höwedes, que atua pela esquerda do setor
defensivo alemão. A Argentina apostou nisso no começo da final no Maracanã. Com
mais qualidade do que o Brasil, que acabaria goleado por 7 a 1. Zabaleta e os
atacantes argentinos começaram o jogo aproveitando esses espaços, e esse era o
escape argentino contra a pressão alemã. Apesar da maior posse do time europeu
no início, foi exatamente por aquele espaço "vazio" que Lavezzi
surgiu livre para cruzar para Higuaín, que marcou aos 29 minutos - o lance foi
anulado corretamente por impedimento.
Na defesa, a Argentina formava
uma linha de cinco defensores, com Mascherano recuado, para tentar evitar que o
toque de bola alemão resultasse em passe profundo para alguém livre na área. Na
única oportunidade que a formação abriu espaço, Romero fez bela defesa em chute
de primeira de Schürrle. Além dessas chances, outras duas boas na primeira
etapa: para a Alemanha, Höwedes acertou a trave após escanteio; do outro lado,
Higuaín recebeu livre, após cabeçada para trás de Kroos, mas bateu torto cara a
cara com Neuer - no 2°tempo da prorrogação, Palacio perdeu a outra grande
chance argentina: livre na área, a matada no peito desenhou o gol do título.
Porém, em vez de bater, o atacante produziu um misto de tentativa de chapéu com
chute. A bola foi fraca para fora.
Na segunda etapa, Messi. Após
duas boas arrancadas no primeiro tempo, na volta do intervalo o craque
argentino logo de cara perdeu ótima chance, nas costas de Boateng, batendo
cruzado rente à trave de Neuer. Ele sabia que teria que chamar a responsabilidade
no ataque para dar o tão sonhado título mundial a seu país. Mas não conseguiu.
Pela terceira final seguida, 90 minutos não bastaram para definir o novo
campeão mundial. Lá, a Alemanha tentou repetir a tática imposta contra a
Argélia: gol logo de cara, e de novo com Schürrle. Mas, dessa vez, Romero
evitou. A solução, então, foi repetir o que a Argentina tentou antes:
lançamento para a área para um atacante livre. Götze, que nem Palacio, matou no
peito. Götze, diferentemente de Palacio, bateu forte, baixo. A bola passou por
Romero. Lembrou o gol de Iniesta, no 2° tempo da prorrogação da final de 2010.
Assim cono há quatro anos, um chute cruzado decidiu a Copa do Mundo no final do
tempo extra. Götze entra para a história saindo do banco.
Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente