Procura pelo corpo da vítima acontece após o primo do goleiro Bruno Fernandes, Jorge Luiz Rosa Sales, revelar a localização em entrevista.
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As buscas pelo corpo da modelo
Eliza Samudio, desaparecida desde 2009, começam na manhã desta sexta-feira em
um sítio próximo ao Aeroporto de Confins, região metropolitana de Belo
Horizonte. Procura pelo corpo da vítima acontece após o primo do goleiro Bruno
Fernandes, Jorge Luiz Rosa Sales, revelar a localização em entrevista à Radio
Tupi.
“É uma estrada de chão
bastante deserta. Não tem muito movimento, é um lugar praticamente abandonado.
Eu identifico um pé de coqueiro que é meio encurvado. Eu sou muito observador,
sei chegar tranquilo. Eu quero ficar com minha mente tranquila e acabar com
isso logo. Quero que a mãe dela possa enterrar a filha”, disse ele.
Jorge Luiz contou, ainda, que
a modelo foi asfixiada: “Chegamos à casa do Bola, em Vespasiano, entramos e o
Bola pediu pra ela me passar a criança. Bola pediu para ela ficar tranquila
que, no outro dia, ela ia para um apartamento. Nisso, o Bola pediu para ver a
mão dela, ele rodou e deu uma gravata e caiu com ela no chão. Macarrão veio por
cima e amarrou a mão dela. Depois, Bola continuou a gravata até acabar com a
vida dela, pegou uma faca branca, fez um talho no pulso dela e depois arrancou
fora. Não tem nada de esquartejamento total no corpo dela, não. Ele (corpo)
está inteiro. Só um pedaço da mão é que tiraram”.
De acordo com Jorge, o corpo
de Samudio foi enrolado em um lençol, colocado dentro de um saco preto e depois
levado ao sítio no porta malas de uma Ecosport. “Levamos para esse sítio onde
ela foi enterrada. Chegando lá, já tinha um buraco cavado com uma retroescavadeira.
Só chegamos e jogamos no buraco como se fosse lixo. Enterramos e depois saímos
dali”.
Entenda o caso
O ex-goleiro Bruno Fernandes
foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato e ocultação de
cadáver de Eliza Samúdio. O júri popular foi formado por cinco mulheres e dois
homens e também o condenou pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho.
O crime ocorreu em meados de
junho de 2010. De acordo com os autos, a modelo foi sequestrada, morta por
esganadura e depois esquartejada. Depois partes de seu corpo foram jogadas para
cachorros na residência de Marcos Aparecido, o Bola, em Vespasiano.
Antes da morte, Eliza estava
no Rio de Janeiro para cobrar de Bruno a pensão da criança. De acordo com
testemunhas ouvidas durante o inquérito, a modelo buscou ajuda financeira desde
o início da gravidez, porém, o ex-jogador não havia honrado a promessa de
ajudar a modelo com cerca de R$ 3 mil por mês.
Com a falta de ajuda, Eliza
procurou a imprensa e denunciou o caso, além de afirmar que Bruno não queria
reconhecer a paternidade. Irritado com a situação, o ex-goleiro teria então
começado um plano para arruinar a vida de Eliza. Ele admitiu que não fazia os
pagamentos porque queria ter certeza de que o filho era dele. Perguntado sobre
o exame de DNA, durante o depoimento, o goleiro afirmou que “não teve tempo de
fazê-lo”.
No minuto
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