O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves
(RN), avançou ontem na candidatura para a sucessão do atual presidente da
Câmara, Marco Maia (PT-RS). O PR, após reunir a bancada com o candidato,
formalizou o apoio a Henrique Eduardo Alves. O PR tem 36 deputados.
"Mesmo sendo o PMDB, que tem o vice-presidente, Henrique
conseguiu manter uma certa independência aqui na Câmara", afirmou o líder
do PR, deputado Lincoln Portela (MG), lembrando a votação do projeto do Código
Florestal. Henrique Alves comandou a bancada que votou, em alguns pontos,
contra a posição defendida por alguns dos integrantes da base governo.
O PR tem direito a um cargo na Mesa, hoje ocupado pelo
deputado Inocêncio Oliveira (PE). Lincoln afirmou que a bancada futuramente
decidirá o nome do partido para o cargo. As negociações de Henrique Alves com o
PR se intensificaram nesta terça (6). O líder peemedebista saiu mais cedo do
jantar da presidente Dilma Rousseff com as cúpulas do PT e do PMDB para se
reunir com a bancada do PR.
O PR é primeiro partido a manifestar formalmente o apoio a
Henrique Alves, além do PT. Embora o PT tenha a maior bancada, um acordo com o
PMDB garante o rodízio do cargo entre os dois partidos. Há permissão, no
entanto, para o lançamento de candidaturas avulsas para a presidência, o que
poderia atrapalhar as pretensões de Henrique Alves. Setores na bancada petista
resistem ao nome do líder do PMDB para o cargo. A eleição para a Mesa da Câmara
será em fevereiro do próximo ano.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) é, no momento, o principal
adversário do peemedebista na disputa pela presidência da Câmara.
Encontro com Dilma
Na terça-feira, o deputado Henrique Eduardo participou do
jantar com a presidenta Dilma Rousse e como ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Na ocasião, o vice-presidente da República, Michel Temer, reafirmou a
aliança entre PT e PMDB em 2014. Segundo ele, foi esse o propósito do jantar
que reuniu nesta terça-feira (6) a cúpula dos dois partidos no Palácio da
Alvorada com a presidente Dilma Rousseff.
"Eu próprio sugeri que houvesse também reuniões com os
demais partidos da base e a presidente já tinha pensado nisso", disse
Temer, que não quis falar sobre reforma ministerial.
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