
A médica que fez o atendimento
preferiu não se identificar, mas explicou que o brecém-nascido precisava ficar
internado em uma UTI. "Fizemos contatos com os hospitais de Natal e não
tinha vaga em lugar nenhum. A criança começou a agravar aqui na UPA e a gente
tá sem recurso", disse. Ela resolveu isolar o bebê em uma sala da
pediatria para evitar o contato com outros pacientes. "Fizeram improvisado
mesmo. Não tinha outra coisa na hora para colocar, só conseguiram agora quando
foi liberado um", disse o pai do bebê. “É muito, muito triste. Muito
angustiante”, disse a mãe, visivelmente abalada com a situação.
Agora, o bebê está entubado na
UPA em ventilação mecânica. Em entrevista ao Bom Dia RN nesta quinta-feira
(31), o secretário municipal de Saúde informou que não houve irregularidade na
medida tomada pela equipe médica, apesar de não ser o recomendado. "Foi
uma medida salvadora naquele momento, para dar o mínimo de estabilidade para a
criança. Apesar de ser feia, a estrutura que foi montada funciona. Ela,
provavelmente, usou isso até a criança ir para a entubação. Ela fez isso para
dar o suporte, agiu corretamente. Nós não recomendamos fazer isso, mas é uma
medida salvadora", explicou Luiz Roberto Fonseca.
O secretário ainda falou sobre
a falta de UTI pediátrica na capital potiguar. "O leito de terapia
intensiva pediátrico é mais dramático que o adulto porque só temos o Hospital
Infantil Varela Santiago, o Maria Alice Fernandes e o Walfredo Gurgel. Sabemos
que a criança precisa muito menos de UTI do que o adulto, mas o número de
leitos para crianças é precaríssimo, tanto no público quanto no privado",
disse.
H1N1 no RN
Nesta quarta-feira (30), a
Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou a primeira morte
por H1N1 no estado em 2016. Foi uma adolescente de 15 anos, natural do
município de Lagoa Nova. A garota deu entrada no hospital no dia 27 de
fevereiro e faleceu em 10 de março.
A Sesap informou que 9 casos
da doença foram notificados este ano. Destes, houve duas confirmações. Um deles
é o caso da adolescente que morreu. O outro, é de uma menina de 2 anos que mora
em Natal e cujo quadro evoluiu para a cura. Neste caso específico, apesar de já
ser tratado pela Sasap como confirmado, ainda não foi notificado porque a
criança foi atendida por um hospital particular que não informou a secretaria
sobre a doença na época em que a criança foi tratada. Até o momento, o mês com
mais casos informados foi março, com 4 das 9 notificações formalizadas até
agora.
Segundo a Sesap, há uma
redução de 78% nas notificações durante o mesmo período em 2015. No ano
passado, foram 41 notificações. Porém, apenas um caso foi confirmado e não
houve mortes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente