Obras de infraestrutura do Satélite Geoestacionário de
Defesa e Comunicações Estratégicas, do Centro de Operações Espaciais do VI
Comar da Aeronáutica (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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A presidenta Dilma Rousseff
visitou hoje (23) as obras de construção do centro de controle do satélite que
vai levar internet de alta velocidade a regiões longínquas do país, onde ainda
não é possível chegar com cabos de fibra ótica. O Satélite Geoestacionário de
Defesa e Comunicações Estratégicas está sendo fabricado na França desde janeiro
de 2014 e o lançamento deve ocorrer entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017.
“Ele vai ser lançado em
parceria com a França e é um patamar tecnológico que temos de alcançar. Lançar
o satélite, mas, em um segundo momento, sermos capazes de produzir esse
satélite no Brasil”, disse Dilma. A construção do equipamento está sendo
acompanhada pela Visiona, uma empresa brasileira de cooperação entra a Telebras
e a Embraer.
Durante a visita às obras da
antena de monitoramento do satélite, no 6º Comando Aéreo Regional em Brasília,
o ministro das Comunicações, André Figueiredo, explicou que o equipamento é um
grande instrumento para alcançar a universalização do acesso à internet, por
meio da banda KA, dentro do novo Programa Nacional de Banda Larga.
“Queremos chegar, até o fim de
2018, com fibra ótica a 70% dos municípios brasileiros que representam 95% da
população, propiciando não apenas a integração da população brasileira mas o
acesso ao conhecimento”, disse Figueiredo. “No restante onde não conseguirmos
chegar com fibra ótica, vamos com satélite, que vai servir como redundância
para que possamos chegar em locais mais longínquos, mesmo já cobertos com fibra
ótica. Por exemplo, na Região Nordeste, vamos chegar em Fernando de Noronha”,
explicou.
O equipamento deve entrar em
operação no primeiro trimestre de 2017. Um segundo ponto de monitoramento será
montado em outro centro de operações no Rio de Janeiro.
Segurança Nacional
Além de internet, o satélite
tem o objetivo de trazer mais segurança às comunicações estratégicas e militares
do governo brasileiro, utilizando a banda X, faixa destinada exclusivamente ao
uso militar. Segundo o comandante do Centro de Operações Espaciais, coronel
Hélcio Vieira Júnior, o satélite vai cobrir todo o território brasileiro, o
Atlântico Sul e grande parte da área de interesse do país, do Haiti até a
Antártica.
“Militarmente falando, ele vai
possibilitar que façamos comando e controle de todos os tipos de ações em que
as Forças Armadas estão envolvidas, desde combate a ilícitos nas fronteiras e ajuda
humanitária até, se for o caso, ações realmente militares”, disse.
O projeto do satélite
geoestacionário é uma parceria entre os ministérios das Comunicações e da
Defesa e tem investimento de R$ 1,7 trilhão. Hoje, segundo as pastas, as
comunicações militares brasileiras são feitas por meio de aluguel da banda X em
dois satélites privados, ao custo anual de R$ 13 milhões. Quando o satélite
geoestacionário do Brasil entrar em operação, apenas um dos contratos será
mantido, como garantia em caso de falha do novo satélite.
O satélite geoestacionário,
segundo o coronel Vieira, é o primeiro do Programa Estratégico de Sistemas
Espaciais, do Ministério da Defesa, que inclui vários grupos de satélites.
O primeiro visa a levar muitas
informações a pontos distantes. Além do satélite geoestacionário, o grupo terá
satélites de sensoriamento remoto que vão possibilitar o monitoramento de toda
a fronteira seca e molhada e o controle do tráfego marítimo. “Além disso, estão
previstos satélites de geoposicionamento, a exemplo do GPS americano, que vão
permitir que o governo brasileiro tenha um referencial de tempo nacional. Vão
melhorar muito nossos sistemas bancário, de transmissão de energia e de bolsa
de valores, entre outros”, afirmou.
Agência Brasil
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