O principal índice da Bovespa
fechou em alta nesta quarta-feira (16), amparado pela recuperação dos papéis da
Petrobras e do Banco do Brasil, após sessão volátil, marcada novamente por
noticiário político intenso, com destaque para o anúncio de que o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva será o novo chefe da Casa Civil.
O principal índice de ações da
bolsa paulista subiu 1,34%, aos 47.763 pontos. Veja a cotação.
Na mínima, o índice caiu
1,29%. Na máxima, subiu 1,44%.
Já o dólar fechou em queda de
0,63%, vendido a R$ 3,7391, após atingir R$ 3,8542 na máxima do dia.
De acordo com a Reuters, a
confirmação de Lula como novo ministro não traz alento às perspectivas
econômicas, mas havia sido antecipada em grande parte na véspera, o que atenuou
o efeito nesta sessão, quando a bolsa paulista ainda encontrou suporte no Fed e
nos preços de commodities.
O Federal Reserve, banco
central dos Estados Unidos, manteve nesta quarta a taxa de juros e indicou
apenas duas altas de juros neste ano, ao invés das quatro previstas
anteriormente, o que, em tese, favoreceria mercados emergentes que oferecem
rendimentos elevados.
Destaques de alta
As ações da Vale tiveram alta
de 8,88%, favorecidas pela alta dos preços do minério de ferro na China. Papéis
de siderúrgicas também tiveram uma sessão de fortes ganhos, com Usiminas
avançando 10,9% e CSN subindo 10,54%.
As preferenciais da Petrobras
subiram 9,38%, após acumular queda de 18,3% nas duas sessões anteriores. Os
papéis seguem sensíveis ao cenário político, mas encontraram na alta dos preços
do petróleo no exterior suporte para a recuperação.
O Banco do Brasil, outro papel
que segue atrelado às expectativas no campo político, encerrou em alta de 3,37%, após recuar mais
de 20% na véspera, na maior queda percentual diária em 20 anos. Ainda no setor
bancário, Itaú Unibanco e Bradesco caíram 2,96% e 2,22%, respectivamente.
No mês, o Ibovespa ainda
acumula alta de 11,61%. No ano, a bolsa ganhou 10,18%
Lula ministro
Para analistas e economistas
ouvidos pelo G1, a entrada de Lula adiciona mais dúvidas e incertezas na economia.
O mercado não descarta mudanças de direção na economia e enxerga riscos de uma
guinada à esqueda da política econômica, com medidas na direção contrária ao
ajuste fiscal. Os investidores aguardam, no entanto, sinais mais claros de
quais serão os próximos passos no cenário político.
A presidente Dilma Rousseff
negou nesta tarde trocas no primeiro escalão da equipe econômica do governo,
após a nomeação de Lula. Segundo a presidente, o ministro da Fazenda, Nelson
Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,"estão mais
dentro do que nunca".
Mais cedo, o humor do mercado
também esteve sob influência dos rumores de que Tombini pode deixar o cargo.
Segundo o blog da colunista do G1 Thais Herédia, "a saída de Tombini é uma
ameaça, mas é real".
G1
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