![]() |
Torquato Jardim (esq) assumirá
o cargo de ministro da Justiça na tarde desta quarta-feira (31) (Foto: Beto
Barata/PR)
|
A edição desta quarta-feira
(31) do "Diário Oficial da União" publicou a exoneração de Osmar
Serraglio do comando do Ministério da Justiça e a nomeação, para o mesmo cargo,
do ex-ministro da Transparência Torquato Jardim.
O novo titular do Ministério
da Justiça tomará posse nesta quarta, às 15h, em uma cerimônia no Palácio do
Planalto.
Torquato Jardim será o
responsável, na chefia do Ministério da Justiça, pela parte administrativa da
Polícia Federal (PF), além da Força Nacional de Segurança, do Departamento
Penitenciário Nacional e da política de demarcação de terras indígenas, entre outras
atribuições.
Amigo de Temer há mais de 30
anos, o novo ministro da Justiça entrou para o governo em junho do ano passado,
sucedendo Fabiano Silveira, que deixou o Ministério da Transparência menos de
um mês depois de tomar posse em razão de um escândalo.
Ex-ministro do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Torquato é jurista especializado em direito eleitoral
e tem trânsito nas Cortes de Brasília.
Segundo o colunista do G1 e da
GloboNews Gérson Camarotti, Serraglio "era considerado um ministro fraco,
e que, por isso mesmo, não tinha influência no comando da PF e não conseguia
interferir nos rumos da Lava Jato.
O Planalto, de acordo com o
colunista, optou por Torquato por considerá-lo com personalidade suficiente
para "retomar o controle da PF".
Demissão de Serraglio
Desgastado no governo, Osmar
Serraglio foi demitido do cargo de ministro da Justiça pelo presidente Michel
Temer no último domingo (29), pouco mais de dois meses depois de ter se
licenciado do mandato de deputado federal para assumir a cadeira no primeiro
escalão. O peemedebista do Paraná tomou conhecimento da exoneração por meio da
imprensa.
Serraglio chegou a ser
convidado por Temer para se transferir para o Ministério da Transparência,
pasta até então chefiada por Torquato Jardim.
Com a manobra, o governo
asseguraria foro privilegiado ao deputado afastado Rodrigo Rocha Loures
(PMDB-PR), suplente da bancada do PMDB do Paraná que assumiu a vaga na Câmara
com a ida de Serraglio para o Executivo federal.
No entanto, nesta terça (30),
Serraglio anunciou que havia rejeitado o convite e decidiu retornar para o
Legislativo, onde tem mandato até o fim do ano que vem. Consequentemente, Rocha
Loures – que é investigado pela Lava Jato por suspeita de receber propina da
holding J&F – perderá o foro privilegiado.
Apontado como intermediário do
presidente da República para assuntos do grupo J&F com o governo, o
suplente do PMDB foi gravado pela Polícia Federal (PF) deixando um restaurante
de São Paulo carregando uma mala com R$ 500 mil entregue pelo executivo da
J&F Ricardo Saud.
As investigações da Lava Jato
apontam que Temer indicou Rocha Loures para resolver uma disputa relativa ao
preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo J&F.
Segundo a Presidência, a pasta
da Transparência será comandada interinamente pelo atual secretário-executivo,
Wagner Rosário.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente