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Foto: Canindé Soares |
O governador do Rio Grande do
Norte, Robinson Faria (PSD), é alvo de uma operação da Polícia Federal
deflagrada nesta terça-feira (15) que investiga a suspeita de prática dos
crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça por parte dele e de
servidores do governo potiguar.
Em nota, o advogado de
Robinson Faria, José Luis Oliveira de Lima, disse que ainda não teve acesso aos
autos e negou "prática de qualquer irregularidade durante o mandato de
deputado estadual" de Faria.
Segundo apuração da TV Globo,
Robinson Faria teria tentado comprar o silêncio de um delator da operação Dama
de Espadas, que investigou a contratação de funcionários fantasmas na
Assembleia.
Os mandados de busca e
apreensão tiveram como alvo a residência do governador, no condomínio Porto
Brasil, na praia de Pirangi; no apartamento dele, na praia de Areia Preta; na
Governadoria, no Centro Administrativo do Estado; e na Assembleia Legislativa e
anexos da própria AL.
Foram presos (mandados de
prisão temporária de cinco dias) Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos
Reis, assistentes de confiança do governador. A primeira foi servidora na
Assembleia Legislativa desde 1987, a convite de Robinson quando ele ainda era
deputado estadual. Antes, Magaly trabalhava como secretária na empresa da
família do governador.
A operação foi denominada
'Anteros', divindade grega que semeia a discórdia, o ódio, e prejudica a
afinidade dos elementos.
Segundo a PF, a investigação
mira "manobras ilegais" para impedir investigações sobre desvio de
recursos públicos por meio da inclusão de funcionários fantasmas na folha de
pagamento da Assembleia Legislativa do estado desde 2006.
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Edifício onde mora o governador Robinson Faria, na praia de Areia Preta, alvo de operação da PF nesta terça-feira (Foto: Ítalo Di Lucena/Inter TV Cabugi)
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Como o governador tem foro
privilegiado, as investigações foram autorizadas pelo Superior Tribunal de
Justiça. As ordens judiciais foram assinadas pelo ministro Raul Araújo Filho, a
pedido do vice-procurador-geral da República José Bonifácio. O
subprocurador-geral da República José Flaubert foi designado para acompanhar os
trabalhos no Rio Grande do Norte.
O caso está sob sigilo,
segundo a PF.
G1RN
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