Debate entre os candidatos à Presidência da Republica, realizado nos estúdios da TV Gazeta, em parceria com o Estado e a Rádio Jovem Pan. Foto: Gabriela Biló
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Os candidatos à Presidência da
República levaram para o debate TV Gazeta/Estado/Rádio Jovem Pan/Twitter,
realizado na noite deste domingo, 9, em São Paulo, a mensagem de repúdio à
violência que dominou a campanha nos últimos dias após o atentado contra Jair
Bolsonaro (PSL). Internado após ser esfaqueado durante uma agenda eleitoral na
quinta-feira passada, em Juiz de Fora (MG), o presidenciável do PSL não
participou.
No primeiro encontro após o
episódio, o radicalismo na política foi tratado como um entrave ao
desenvolvimento do País. Em suas participações iniciais, Geraldo Alckmin
(PSDB), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) defenderam a necessidade
de se pacificar o ambiente público e a sociedade.
Com isso, houve espaço para os
presidenciáveis tratarem de temas como educação, saúde, saneamento básico e até
regulamentação fundiária. Marina defendeu proposta de educação integral. Ao
falar sobre saneamento básico, Alckmin disse que o investimento na área, além
do benefício direto à população, gera emprego. “Saneamento é emprego na veia,
gera muita obra e muito emprego.” De olho no eleitorado feminino – maioria
entre os indecisos –, Meirelles disse que, se eleito, vai punir empresas que
paguem salários diferenciados entre homens e mulheres que exerçam a mesma
função.
A bancada reservada para
Bolsonaro foi retirada do estúdio por um acordo entre os candidatos presentes,
que solicitaram à direção do debate a anulação da regra que determinava a
permanência do púlpito vazio. O PT, como ainda não tem candidatura oficial – o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, foi
barrado pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa – não teve
representante. Participaram também do debate Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias
(Podemos) e Guilherme Boulos (PSOL).
A violência na política foi
protagonista do início e do fim do encontro entre os presidenciáveis. Alckmin e
Marina foram os que mais abordaram o tema da “pacificação”. Primeiro a
perguntar, Meirelles questionou o tucano sobre como pôr fim a “esse radicalismo
que tanto prejudica o Brasil”, mencionando o fato “lamentável” envolvendo
Bolsonaro. “É necessário um grande esforço conciliador. Sempre que há um
esforço de união nacional, de pacificação, que é o que eu defendo, a democracia
consolida-se”, respondeu Alckmin.
Meirelles, na réplica,
criticou o adversário por usar a TV para fazer ataques a Bolsonaro: “Isso não é
uma atitude de radicalização?” O tucano afirmou que o emedebista “não viu” seu
programa. “Sou contra qualquer tipo de radicalismo.”
ESTADÃO CONTEÚDO
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