A presidente do TSE, ministra
Rosa Weber (Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE)
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A presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, negou, neste domingo, 9, a
prorrogação do prazo para o PT substituir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na chapa presidencial.
Com a decisão, o partido tem
até esta terça-feira, 11, para fazer a troca de nomes – a defesa do petista
havia requerido que a data-limite fosse estendida para o dia 17 de setembro. Se
não definir as candidaturas no prazo determinado, o PT pode ficar sem coligação
na disputa ao Planalto.
Até agora, o nome mais forte
para ocupar o lugar de Lula é o do ex-prefeito Fernando Haddad, que ainda
figura como candidato a vice-presidente.
Os advogados eleitorais do
ex-presidente haviam pedido ao TSE a prorrogação por mais seis dias do prazo. A
defesa alegou que essa data deveria considerar a análise de recurso ao Supremo
Tribunal Federal contra a decisão da própria Corte Eleitoral de negar o
registro da candidatura de Lula. Para a defesa, uma decisão definitiva sem essa
análise do Supremo seria uma “injustiça”.
A estratégia dos advogados do
petista, agora, é fazer, entre esta segunda e terça, um “corpo a corpo” no
Supremo em busca de uma “decisão relâmpago” para que não haja a substituição definitiva
na chapa sem que o tribunal se pronuncie.
O TSE negou o registro da
candidatura de Lula, condenado em segunda instância e preso na Lava Jato, por
entender que o ex-presidente está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Lula está
preso desde abril, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês, após condenação por
corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex.
Rosa envia recurso de Lula ao
Supremo
A ministra também decidiu
neste domingo encaminhar ao Supremo o recurso extraordinário apresentado pela
defesa de Lula contra a decisão do TSE que negou o seu registro como candidato.
“O simples enunciar das teses
debatidas pelo colegiado evidencia relevante questão constitucional a
recomendar juízo positivo de admissibilidade ao recurso extraordinário, com a
consequente submissão do feito à análise da Suprema Corte brasileira”, escreveu
a presidente do TSE.
Agora, os advogados do
ex-presidente vão apresentar dois pedidos de liminares ao ministro do Supremo
Celso de Mello, um para aceitar o registro da candidatura em caráter
provisório, suspendendo a decisão do TSE, e outro para que ele pelo menos
interrompa o prazo de substituição da chapa até que o plenário do STF se
pronuncie.
ESTADÃO CONTEÚDO
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