Paleontólogos encontraram fósseis de cerca 66 milhões de anos parecidos com esturjões, que viveram na época dos dinossauros e, provavelmente, morreram no mesmo evento de extinção em massa provocado pela queda do asteroide Chicxulub. Os peixes apresentam detalhes tridimensionais impressionantemente conservados, de acordo com um estudo publicado este mês no Journal of Paleontology.
Segundo os autores, os fósseis
estavam em um local chamado Tanis, uma seção da famosa Formação Hell Creek, que
abrange partes dos estados norte-americanos de Montana, Dakota do Sul, Dakota
do Norte e Wyoming.
Um grande e profundo rio que há milhões e milhões de anos ali existia acabou se tornando uma vala comum para milhares de peixes antigos de água doce, que foram sufocados e enterrados no lugar num piscar de olhos, possivelmente minutos após o impacto do asteroide.
“Foi realmente incrível”,
disse Lance Grande, paleontólogo do Museu do Campo de Chicago e coautor do
estudo, em entrevista sobre a descoberta ao site Live Science. “Os
peixes estavam empilhados como placas de madeira”.
Após anos de escavação, a
equipe finalmente teve a chance de começar a estudar os fósseis de perto. Os
cientistas rapidamente perceberam que quatro dos espécimes (dois de cada
espécie) tinham algo especial.
Quase todas as coberturas
externas ósseas das criaturas, ou cortes, estavam intactas e impecavelmente
preservadas. E os espécimes ajudam a preencher uma lacuna no registro fóssil
da América do Norte, que não tem muitas
espécies cretáceas tardias. “Eles têm muitas semelhanças claras com o esturjão,
o que os torna fáceis de identificar”, disse Grande. “Mas têm várias
características únicas que nos permitem descrevê-los como algo novo”.
Uma das espécies
recém-descobertas foi batizada de Acipenser praeparatorum, e a outra recebeu o
nome Acipenser amnisinferos, sendo Acipenser um gênero da família
Acipenseridae, ao qual pertencem os esturjões modernos. Não existe qualquer
exemplar vivo de nenhuma das duas espécies.
Esturjões e seus parentes
apresentam uma particularidade no registro fóssil. “Eles têm essas placas
grandes e ósseas do lado de fora que protege os corpos dos peixes de serem
despedaçados por ondas ou fortes correntes fluviais que tendem a pulverizar
fósseis de peixes mais delicados”, explicou o coautor do estudo Eric Hilton,
biólogo evolucionário do Instituto de Ciências Marinhas da Virgínia. “Como a
exposição excessiva ao oxigênio tende a quebrar os tecidos do corpo antes que
eles possam fossilizar, a preferência dos esturjões por ambientes de baixo
oxigênio os prepara para preservação”.
Para os esturjões no sítio
Tanis, no entanto, não teria importado quanto oxigênio estava na água no dia em
que morreram. Segundo o estudo, eles foram vítimas de uma onda gigantesca que
varreu milhares de quilos de sedimentos para o rio, enterrando-os quase
instantaneamente.
Paleontólogos encontraram
fósseis de cerca 66 milhões de anos parecidos com esturjões, que viveram na época dos
dinossauros e, provavelmente, morreram no mesmo evento de extinção em massa
provocado pela queda do asteroide Chicxulub. Os
peixes apresentam detalhes tridimensionais impressionantemente conservados, de
acordo com um estudo publicado este mês no Journal of Paleontology.
Segundo os autores, os fósseis
estavam em um local chamado Tanis, uma seção da famosa Formação Hell Creek, que
abrange partes dos estados norte-americanos de Montana, Dakota do Sul, Dakota
do Norte e Wyoming.
Um grande e profundo rio que
há milhões e milhões de anos ali existia acabou se tornando uma vala comum para
milhares de peixes antigos de água doce, que foram sufocados e enterrados no
lugar num piscar de olhos, possivelmente minutos após o impacto do asteroide.
“Foi realmente incrível”,
disse Lance Grande, paleontólogo do Museu do Campo de Chicago e coautor do
estudo, em entrevista sobre a descoberta ao site Live Science. “Os
peixes estavam empilhados como placas de madeira”.
Após anos de escavação, a
equipe finalmente teve a chance de começar a estudar os fósseis de perto. Os
cientistas rapidamente perceberam que quatro dos espécimes (dois de cada
espécie) tinham algo especial.
Quase todas as coberturas
externas ósseas das criaturas, ou cortes, estavam intactas e impecavelmente
preservadas. E os espécimes ajudam a preencher uma lacuna no registro fóssil
da América do Norte, que não tem muitas
espécies cretáceas tardias. “Eles têm muitas semelhanças claras com o esturjão,
o que os torna fáceis de identificar”, disse Grande. “Mas têm várias
características únicas que nos permitem descrevê-los como algo novo”.
Uma das espécies
recém-descobertas foi batizada de Acipenser praeparatorum, e a outra recebeu o
nome Acipenser amnisinferos, sendo Acipenser um gênero da família
Acipenseridae, ao qual pertencem os esturjões modernos. Não existe qualquer
exemplar vivo de nenhuma das duas espécies.
Esturjões e seus parentes
apresentam uma particularidade no registro fóssil. “Eles têm essas placas
grandes e ósseas do lado de fora que protege os corpos dos peixes de serem
despedaçados por ondas ou fortes correntes fluviais que tendem a pulverizar
fósseis de peixes mais delicados”, explicou o coautor do estudo Eric Hilton,
biólogo evolucionário do Instituto de Ciências Marinhas da Virgínia. “Como a
exposição excessiva ao oxigênio tende a quebrar os tecidos do corpo antes que
eles possam fossilizar, a preferência dos esturjões por ambientes de baixo
oxigênio os prepara para preservação”.
Para os esturjões no sítio
Tanis, no entanto, não teria importado quanto oxigênio estava na água no dia em
que morreram. Segundo o estudo, eles foram vítimas de uma onda gigantesca que
varreu milhares de quilos de sedimentos para o rio, enterrando-os quase
instantaneamente.
Olhar Digital
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