Em um trabalho que promete surpreender os curiosos sobre um dos maiores naufrágios já acontecidos na história, a empresa Magellan (especializada em trabalhos que envolvem as profundezas do mar) recriou uma versão submersa do Titanic em proporções reais utilizando imagens tridimensionais.
O trabalho em questão precisou de 700 mil imagens,
conforme relatado pela BBC. Elas foram obtidas por submersíveis controlados
remotamente em um trabalho que exigiu mais de 200 horas de
dedicação dos profissionais envolvidos.
"A profundidade dele, quase 4.000m, representa um desafio, e você também tem correntes no local — e não podemos tocar em nada para não danificar os destroços", disse Gerhard Seiffert, da Magellan, encarregado do planejamento da expedição.
"O outro desafio é que
você precisa mapear cada centímetro quadrado — até mesmo partes
desinteressantes, como no campo de destroços, você precisa mapear a lama,
porque precisa disso para preencher todos esses objetos interessantes",
continuou o especialista.
Primeira etapa de um grande
trabalho
Falando ao site da BBC Parks
Stephenson, analista do Titanic, comentou que esse modelo criado após o
estudo "é um grande primeiro passo para entender a história do Titanic com
base em evidências de pesquisa — e não em especulações".
Com essas imagens, os
especialistas puderam conhecer alguns detalhes mais concretos, como a escala
real do navio e até mesmo o número de série das hélices utilizadas na
construção do navio.
A análise mostra, inclusive,
que a proa do navio ainda continua totalmente reconhecível mesmo mais de um
século após o seu naufrágio (que aconteceu em 14 de abril de 1912). Entretanto,
o mesmo não pode ser dito da popa, que acabou ficando bem danificada após
naufragar.
A exploração conseguiu
encontrar inclusive alguns detalhes interessantes, como partes metálicas do
navio que continham ornamentos, estátuas, garrafas de vinho que nunca foram
abertas e até mesmo diversos sapatos que acabaram naufragando.
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