Em um ato realizado em frente a Prefeitura do Natal, médicos do município realizaram uma concentração que marca o início da greve da categoria na manhã desta terça-feira (25). De acordo com o Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed-RN), a deflagração da greve ocorre em função da não incorporação da gratificação de urgência e emergência (GEAUE) ao salário dos médicos.
Conforme relatado pelo
presidente do Sinmed RN, Geraldo Ferreira, a greve dos médicos de Natal afeta
vários serviços da saúde no município, que vão desde os setores de Estratégia e
Saúde da Família, o setor dos ambulatórios, maternidades, hospitais e o Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A partir desta terça-feira (25), fica
suspensa a realização de cirurgias eletivas. Já o atendimento de urgência terá
apenas 30% do efetivo de profissionais. "Todos os setores estão de alguma
forma comprometidos com o movimento. Porém o impacto é relativo porque mais de
60% da mão de obra de médicos da prefeitura é terceirizada", afirmou o presidente.
Geraldo também afirmou que uma reunião entre representantes da categoria e o Prefeito de Natal, Álvaro Dias, está prevista para ocorrer nesta quinta-feira (27).
O Sindmed-RN informou, em
nota, que a estratégia de greve será discutida entre os médicos e o sindicato,
e não constará de paralisação por tempo indeterminado, mas de paralisações
pontuais com manifestações de rua e mobilização das comunidades.
Procurada pela TRIBUNA DO
NORTE para se pronunciar sobre a greve, a Secretaria Municipal de Saúde de
Natal (SMS/Natal) não respondeu as tentativas de contato até a atualização
desta matéria.
Histórico
A decisão foi tomada pelos
médicos do município em assembleia realizada na terça-feira (18). Segundo o
sindicato, o movimento visa pressionar a prefeitura na mesa de negociação. A
proposta elaborada pelo Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed
RN), e apresentada a prefeitura, sugere a incorporação da GEAUE, no valor de R$
2.750, ao salário dos médicos. No entanto, segundo o Sinmed RN, a prefeitura
propôs apenas rever, junto a Câmara Municipal, os pareceres da Procuradoria
Geral do Município (PGM), que mandou retirar gratificações nas férias, licença
prêmio e licença gestante. Sem qualquer contra proposta ao documento
apresentado pelo sindicato.
O Sinmed RN enviou um oficio à
prefeitura, reiterando a proposta apresentada que previa a incorporação da
gratificação ao salário base e, com relação às gratificações, foi enviada uma
nova tabela com uma proposta de reajuste que contempla o período inflacionário
onde não houve reajuste dessas gratificações.
Tribuna do Norte
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