A nova rodada de reajustes
obrigatórios da conta de luz, autorizada pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), elevou a 17,63% o aumento médio da tarifa de energia de 68,7
milhões de unidades consumidoras em todo o País neste ano. Os chamados grandes
consumidores, como indústrias, tiveram suas tarifas reajustadas em 18,20% na
média. Nas residências, a conta de luz subiu 17,41% na média deste ano.
A alta média ordinária
aprovada pela Aneel superou a projeção do Banco Central, que estima aumento de
16,8% nas tarifas de energia neste ano. O resultado final pode ser ainda maior,
já que o cálculo considera os reajustes autorizados pela Aneel para 56
distribuidoras de energia elétrica em todo o País, desde o início do ano.
Até dezembro, outras oito
distribuidoras ainda terão analisado o processo de reajuste tarifário pela
Aneel. A principal delas é a Light, que atende cerca de 4 milhões de unidades
consumidoras no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.
Também terão suas tarifas
reajustadas as distribuidoras Boa Vista Energia, Amazonas Energia, Companhia
Energética de Roraima (CERR), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA),
Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre
(Eletroacre) e Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe).
A Aneel aprovou reajustes para
três distribuidoras. As tarifas da CPFL Piratininga terão aumento médio de
22,43%. Para grandes consumidores, o reajuste será de 24,35%. Nas residências,
serão 20,98%. A companhia atende 1,6 milhão de unidades consumidoras em Santos,
Sorocaba, Jundiaí e outros 24 municípios do litoral e do interior de São Paulo.
Com 1,7 milhão de unidades
consumidoras, a Bandeirante Energia terá suas tarifas elevadas em 21,93%, em
média. Para grandes consumidores, o reajuste será de 23,78% e para
residenciais, 20,6%. A empresa atende 28 municípios de São Paulo nas regiões do
Alto do Tietê e Vale do Paraíba.
Para os 70 mil clientes da DME
Distribuição, de Poços de Caldas (MG), o aumento médio de 13,69%. Grandes
consumidores terão alta de 15,44%, e residenciais, de 12,28%.
Banco Central. No último
Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em setembro, o BC projetava
elevação de 16,8% nas tarifas de energia elétrica neste ano. Foi a quarta
revisão do BC. No fim do ano passado, a autoridade monetária projetava alta de
7,5%. Em abril, a previsão passou a 9,5%. Em seguida, subiu a 11,5% em maio e a
14% em julho.
Questionado sobre a projeção,
o BC informou que suas previsões estão ancoradas não apenas nos reajustes
tarifários, mas também em fatores sazonais, como o clima. Além disso, a
autoridade monetária considera a inflação de preços livres e a alta de preços
medida pelo Índice Geral de Preços (IGP). Pelo IPCA, índice oficial, a inflação
da energia residencial acumula 13,19% até setembro.
A equipe econômica tem usado
os reajustes concedidos pela Aneel para combater o discurso de que o governo
controla a inflação segurando os chamados preços administrados, como gasolina e
energia elétrica.
O aumento do custo da energia
foi a principal causa dos elevados reajustes concedidos para as distribuidoras
neste ano. Com a seca, o governo decidiu poupar água dos reservatórios das
usinas hidrelétricas e acionar as térmicas, que geram energia mais cara.
Praticamente, todo o parque de termelétricas está em funcionamento desde
outubro de 2012.
Até agora, o maior reajuste
autorizado pela Aneel foi o da Elektro. O aumento médio foi de 37,78%. As
tarifas dos grandes consumidores subiram 40,79%, e a dos residenciais foram
elevadas em 35,97%. A companhia atende 2,4 milhões de unidades consumidoras em
223 cidades de São Paulo e cinco de Mato Grosso do Sul. / COLABOROU VICTOR
MARTINS. Conta de luz terá reajuste
médio de mais de 17% na tarifa.
A nova rodada de reajustes
obrigatórios da conta de luz, autorizada pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), elevou a 17,63% o aumento médio da tarifa de energia de 68,7
milhões de unidades consumidoras em todo o País neste ano. Os chamados grandes
consumidores, como indústrias, tiveram suas tarifas reajustadas em 18,20% na
média. Nas residências, a conta de luz subiu 17,41% na média deste ano.
A alta média ordinária
aprovada pela Aneel superou a projeção do Banco Central, que estima aumento de
16,8% nas tarifas de energia neste ano. O resultado final pode ser ainda maior,
já que o cálculo considera os reajustes autorizados pela Aneel para 56
distribuidoras de energia elétrica em todo o País, desde o início do ano.
Até dezembro, outras oito
distribuidoras ainda terão analisado o processo de reajuste tarifário pela
Aneel. A principal delas é a Light, que atende cerca de 4 milhões de unidades
consumidoras no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.
Também terão suas tarifas
reajustadas as distribuidoras Boa Vista Energia, Amazonas Energia, Companhia
Energética de Roraima (CERR), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA),
Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre
(Eletroacre) e Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe).
A Aneel aprovou reajustes para
três distribuidoras. As tarifas da CPFL Piratininga terão aumento médio de
22,43%. Para grandes consumidores, o reajuste será de 24,35%. Nas residências,
serão 20,98%. A companhia atende 1,6 milhão de unidades consumidoras em Santos,
Sorocaba, Jundiaí e outros 24 municípios do litoral e do interior de São Paulo.
Com 1,7 milhão de unidades
consumidoras, a Bandeirante Energia terá suas tarifas elevadas em 21,93%, em
média. Para grandes consumidores, o reajuste será de 23,78% e para
residenciais, 20,6%. A empresa atende 28 municípios de São Paulo nas regiões do
Alto do Tietê e Vale do Paraíba.
Para os 70 mil clientes da DME
Distribuição, de Poços de Caldas (MG), o aumento médio de 13,69%. Grandes
consumidores terão alta de 15,44%, e residenciais, de 12,28%.
Banco Central. No último
Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em setembro, o BC projetava
elevação de 16,8% nas tarifas de energia elétrica neste ano. Foi a quarta
revisão do BC. No fim do ano passado, a autoridade monetária projetava alta de
7,5%. Em abril, a previsão passou a 9,5%. Em seguida, subiu a 11,5% em maio e a
14% em julho.
Questionado sobre a projeção,
o BC informou que suas previsões estão ancoradas não apenas nos reajustes
tarifários, mas também em fatores sazonais, como o clima. Além disso, a
autoridade monetária considera a inflação de preços livres e a alta de preços
medida pelo Índice Geral de Preços (IGP). Pelo IPCA, índice oficial, a inflação
da energia residencial acumula 13,19% até setembro.
A equipe econômica tem usado
os reajustes concedidos pela Aneel para combater o discurso de que o governo
controla a inflação segurando os chamados preços administrados, como gasolina e
energia elétrica.
O aumento do custo da energia
foi a principal causa dos elevados reajustes concedidos para as distribuidoras
neste ano. Com a seca, o governo decidiu poupar água dos reservatórios das
usinas hidrelétricas e acionar as térmicas, que geram energia mais cara.
Praticamente, todo o parque de termelétricas está em funcionamento desde
outubro de 2012.
Até agora, o maior reajuste
autorizado pela Aneel foi o da Elektro. O aumento médio foi de 37,78%. As
tarifas dos grandes consumidores subiram 40,79%, e a dos residenciais foram
elevadas em 35,97%. A companhia atende 2,4 milhões de unidades consumidoras em
223 cidades de São Paulo e cinco de Mato Grosso do Sul. / COLABOROU VICTOR
MARTINS.
O Estadão
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