Os ministros Tarcisio Vieira e Admar Gonzaga, do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), suspenderam nesta terça-feira (21) inserções do candidato à
Presidência Aécio Neves (PSDB) que veiculavam elogios da presidente Dilma
Rousseff ao tucano.
Nos comerciais, que passaram no rádio e na televisão, a petista diz que
Aécio é “um dos melhores governadores do país” e que ele tem uma “forma de
fazer política (…) exemplar”. As declarações foram dadas à rádio Itatiaia, de
Belo Horizonte, em 2009. Na época, ela era ministra da Casa Civil do
ex-presidente Lula.
Segundo o ministro Tarcísio Vieira, dada a nova jurisprudência do TSE
que determina que o espaço na rádio e TV seja utilizado de forma propositiva, a
inserção estaria em desacordo com a norma.
“A maioria que se formou deixou claro (…) que o horário eleitoral foi
concebido pelo legislador e é regiamente pago com o esforço do contribuinte
(nada tem de gratuito, a não ser para o candidato!), não para ser um locus de
ataques e ofensas recíprocas, de índole pessoal, mas sim para a divulgação e
discussão de ideias e de planos políticos, lastreados no interesse público e
balizados pela ética, pelo decoro e pela urbanidade”, escreveu Vieira.
No último dia 16, a Corte passou a adotar critério mais rígido para
suspender propagandas eleitorais. Só nos quatro dias subsequentes, 14
comerciais foram barrados.
‘SEM MEDO DO PT’
Nesta terça, foi suspensa pelo mesmo motivo uma propaganda do PSDB que
afirmava que “Aécio é o Brasil sem medo do PT”.
Para o ministro do TSE Herman Benjamin, a inserção “além de ser
elaborada em tom jocoso, é vazia de conteúdo propositivo”.
Também foi barrado por Benjamin um comercial de Aécio que insinua que o
ex-ministro José Dirceu, preso no processo do mensalão, integraria a nova equipe
do governo de Dilma Rousseff, candidata à reeleição.
“José Dirceu está saindo da cadeia, não sei se ele tá esperando ele pra
assumir”, diz um locutor na propaganda.
Na segunda, outros três comerciais de Dilma e Aécio foram suspensos e
ambos perderam tempo na televisão e no rádio.
Folha Press
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente