O ministro do Supremo Tribunal
Federal, Alexandre de Moraes, defendeu hoje (4) o inquérito sobre fake news e
as buscas que autorizou na casa do ex-procurador-geral da Repúblia Rodrigo
Janot. Ao participar de um evento em São Paulo na Universidade Presbiteriana
Mackenzie, o ministro relacionou a agressão de um procurador contra uma juíza,
ocorrida ontem (3) no Tribunal Regional Federal (TRF-3), em São Paulo, a
declarações de Janot, divulgadas na semana passada, de que ele foi armado ao
STF para matar o também ministro do Supremo Gilmar Mendes.
“O que ocorreu em relação a
esse episódio [do ex-PGR] é uma agressão de incitação ao crime. Em nenhum
momento a investigação, como foi colocada, é de tentativa de homicídio porque
nem se iniciou a execução, mas incitação. Incitação essa que menos de uma
semana depois ficou comprovada com ato absurdo que ocorreu ontem aqui em São
Paulo na Justiça Federal, demonstrando a necessidade de se investigar qualquer
incitação a crime contra ministros do Supremo Tribunal Federal”, disse Moraes.
Questionado sobre críticas à
busca que autorizou na casa de Janot, dentro do inquérito sobre fake News do
STF, ele reafirmou a necessidade da investigação. “O mais importante me parece
que os fatos demonstram a necessidade do inquérito. O que foi dito na decisão,
e a decisão talvez tenha sido mal compreendida ou as pessoas não leem e
criticam, a investigação dentro do inquérito é contra agressões e ofensas a
ministros do Supremo Tribunal Federal”, disse.
Moraes disse ainda que é
preciso parar de “insuflar” a violência contra aqueles que tenham posições
contrárias. “Nós temos que, no Brasil, voltar a respeitar o diálogo, a
respeitar o contraditório, a respeitar posições sejam políticas, ideológicas,
religiosas. Porque nós chegamos ao tal grau de falta de bom senso que há
pessoas que acham realmente que, para se combater a corrupção, você tem que
matar quem não concorda com seus métodos de combate”.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente