Atendendo a alguns leitores
indignados que me convidaram para percorrer algumas ruas de Angicos ontem a
noite, digo que fiz o que foi pedido.
E fiquei chocado.
Logo de cara, cheguei ao
centro da cidade e me deparei com um acidente que havia acabado de acontecer,
com 20 ou 30 minutos.
E soube que o condutor de um
veículo havia pegado de cheio uma mulher em uma moto. Mesmo essa tendo ainda
tentado se esquivar.
Os que presenciaram a cena,
disseram que o carro vinha em velocidade acima da que é considerada normal para
aquele trecho que fica entre a biblioteca pública em direção à câmara de Angicos.
Soube ainda que o motorista do
veículo, visivelmente alterado e nervoso, prestou os primeiros socorros, mas
que devido a seriedade da lesão provocada, um corte sério na perna, profundo, a
mulher foi levada as pressas para o hospital e talvez tenha sido retirada da
cidade para outro hospital.
O caso acima descreve bem a situação
atual de Angicos.
Os motoristas andam em alta
velocidade, às vezes por ruas estreitas.
Os que trafegam em motos estão
cada vez mais velozes, e chegam a assustar quando passam.
E pra piorar, como não tem quem
cobre das autoridades mais rigor, garotos com 12, 13, 14 anos estão pilotando
motocicletas pelas ruas, em plena luz do dia, como se isso fosse normal. Como se
isso fosse legal.
E o prefeito do município,
Junior de Chimbinha, não faz nada.
O gestor não cobra
providências, não baixa nenhum projeto para a câmara, não convoca as
autoridades policiais para tentar combater o que vem acontecendo.
Infelizmente.
E isso porque nem falei ainda
do som alto, absurdo, dos paredões, que nos fins de semana, mesmo contra a
portaria do Ministério Público da comarca, que impõe limites a poluição sonora,
mesmo assim, os paredões invadem as ruas e avenidas, provocando uma barulheira
infernal.
O que os donos não querem
perceber, é que ninguém é obrigado a ficar “curtindo” o gosto musical dos
outros. Que cada um tem direitos próprios e individuais.
Fica o desabafo, a dica ao
prefeito, e os agradecimentos aos leitores que me informam sobre o que está
acontecendo em Angicos.
Uma cidade que está se
tornando uma terra sem comando e sem lei.
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