Plantas e animais serão
extintos mais rápido do que pensamos: estudo afirma que estamos prestes a
passar por um momento crítico. Espécies de plantas e animais serão extintas
pelo menos 1.000 vezes mais rápido do que antes da chegada dos seres humanos e
o mundo está à beira de uma sexta grande extinção, diz um novo estudo.
O estudo analisou as taxas
passadas e presentes de extinção e encontrou uma mais baixa do que os
cientistas pensavam. Espécies estão desaparecendo da Terra cerca de 10 vezes
mais rápido do que os biólogos acreditavam, afirma o autor principal do estudo,
o biólogo Stuart Pimm, da Universidade Duke.
“Estamos à beira de uma sexta
grande extinção”, disse Pimm. “Se nós vamos evitá-la ou não, dependerá de
nossas ações”.
O trabalho, publicado
recentemente pela revista Science, foi colocado como um marco nesse tipo de
estudo por especialistas. A análise de Pimm é focada em taxas, e não na
quantidade, de desaparecimento de espécies da Terra. É calculada uma “taxa de
mortalidade” de quantos são extintos a cada ano em meio a 1 milhão de espécies.

Vários fatores estão sendo
combinados e fazendo com que espécies desapareçam muito mais rápido do que
antes, afirmou Pimm e o co-autor, Clinton Jenkins, do Instituto de Pesquisas
Ecológicas no Brasil. A questão principal é a perda de habitat. Espécies não
estão encontrando mais lugar para viver com tantas construções e alterações
ecológicas feitas pelo ser humano.
“O sagui-de-tufo-branco é um
bom exemplo”, disse Jenkins. Seu habitat diminuiu por causa do desenvolvimento
no Brasil e de outros saguis competindo pelo lugar mínimo que resta. Agora ele
está na lista de extinção internacional.
O tubarão branco oceânico, que
costumava ser um dos predadores mais abundantes na Terra, está se extinguindo
por conta da sua intensa caça, e agora são raramente vistos. O biólogo marinho
da Universidade Dalhousie, Boris Worm, que não fez parte do estudo, mas o
elogiou, disse: “Se não fizermos nada, isso vai seguir o caminho dos
dinossauros”.
Em cinco vezes anteriores, a
grande maioria da vida do mundo desapareceu, o que são chamadas de extinções em
massa, e foi muitas vezes associada a ataques de meteoros gigantes. Cerca de 66
milhões de anos atrás, um meteoro extinguiu os dinossauros e três a cada quatro
espécies na Terra. Cerca de 252 milhões anos atrás, a Grande Morte dizimou
cerca de 90% das espécies do mundo.
Pimm e Jenkins disse que não
há esperança. Ambos disseram que o uso de smartphones e aplicativos como o
iNaturalist vão ajudar pessoas comuns e os biólogos a encontrarem espécies em
perigo. Uma vez que se saiba onde espécies ameaçadas de extinção estão, eles podem
tentar salvar seus habitats e usar a reprodução em cativeiro e outras técnicas
para propagá-la.
Uma história de sucesso é a do
mico-leão-dourado. Décadas atrás, os pequenos primatas eram vistos como
espécies certas de extinção por conta da sua perda de habitat, mas ao serem
encontrados em partes remotas do Brasil e criados em cativeiro, os biólogos conseguiram
salvá-los de seu destino.
R7 Via Jornal Ciência
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