Essa matéria abaixo, do jornal de Hoje desta quinta, aponta algo que
esse blogueiro já tinha tomado conhecimento: a possibilidade de um rearranjo de
forças entre a governadora Rosalba Ciarlini e o seu desafeto Robinson Faria. Fontes
já haviam confirmado a esse blog, ainda em março, que existiam propostas para
uma renúncia de Rosalba. A coisa começa a ganhar novos contornos agora. Se bem
que nada ainda foi dito de concreto pelo casal Carlos Alberto/Rosalba.
Leia a reportagem.
A informação correu como
rastilho de pólvora, nesta quinta-feira: caso seja preterida no próprio
partido, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) renunciaria ao governo do Rio
Grande do Norte, entregando a gestão aos adversários do DEM, no caso, o
vice-governador Robinson Faria (PSD) e o PT.
Segundo fontes, ligadas a
Carlos Augusto Rosado (marido de Rosalba e secretário-chefe do Gabinete Civil),
que pediram sigilo, seria uma espécie de vingança do casal ao fato de estar
sendo massacrado no DEM do senador José Agripino Maia, que trabalharia para
naufragar a possibilidade de reeleição de Rosalba com objetivos nítidos de
fortalecer o palanque de Henrique Eduardo Alves (PMDB) e Wilma Maria de Faria
ao governo e ao Senado, respectivamente.
Há cerca de trinta dias, os
bastidores da política foram tomados pela informação de insatisfação do casal
que administra o Estado para com o próprio partido administrado pelo senado
José Agripino Maia. Mesmo em dificuldades administrativas, Rosalba esperava um
gesto político de Agripino pelo fato de ter permanecido no DEM quando foi
convidada a migrar para o PSD. O gesto em favor de Agripino significou
dificuldades para o governo e afastamento da base da presidente Dilma Rousseff.
Carlos Augusto, na oportunidade,
teria dito: “Não trocarei uma amizade de mais de 40 anos que tenho com José
Agripino justamente deixando o DEM no momento que ele assume a presidência”.
Rosalba, assim, permaneceu no DEM e teria comido “o pão que o diabo amassou”,
por falta de acesso aos cofres federais, dependendo, para colher convênios e
recursos, da interveniência dos deputados Henrique Alves (PMDB) e João Maia
(PR) e do ministro da Previdência Garibaldi Filho (PMDB).
REELEIÇÃO
Embora jamais tenha admitido
publicamente o desejo de se candidatar à reeleição – a primeira manifestação
dela foi durante a reunião interna do DEM, na segunda-feira passada -, Rosalba
sempre trabalhou e desejou ser candidata. No entanto, está encontrando
dificuldade por causa da articulação do atual presidente da Câmara, que quer
ser candidato a governador. Tendo enfrentado um governo de dificuldades, a
governadora não se envolveu em escândalos administrativos e apostou nisso como
diferencial. Abandonada por aliados, ela esperava, ao menos, o apoio do próprio
partido, porém, este tem sido negado. Por 45 votos a 10, os membros do
diretório estadual decidiram, na última segunda-feira, que o DEM irá priorizar
a disputa proporcional. A consequência dessa posição é o apoio às candidaturas
de Henrique e Wilma, arquirrivais, hoje, de Rosalba Ciarlini.
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