O ferrolho da Suíça é coisa do
passado. Em uma Copa do Mundo marcada pela ofensividade, os europeus mudaram o
estilo de jogo, foram ao ataque e se deram bem. Azar do Equador, derrotado de
virada por 2 a 1, neste domingo, em Brasília, na estreia das duas seleções no
Mundial. Com direito ao gol da vitória saindo no último lance da partida.
Resultado que empolga a nova
geração suíça, que chegou ao Mundial como cabeça de chave embalada por uma boa
campanha nas eliminatórias. O próximo desafio é a França, na próxima
sexta-feira, em Salvador, em jogo que pode valer a classificação às oitavas de
final. O Equador pega a fraca Honduras, em Curitiba.
As fases do jogo: Os suíços
mudaram o jeito de jogar e se esqueceram do que tinham de melhor no passado.
Bobearam na defesa e viram o Equador abrir o placar em jogada de bola parada. A
velha conhecida dificuldade de balançar as redes reapareceu, com falta de
pontaria de seus atacantes na etapa inicial. Quando acertaram o alvo,
encontraram um inspirado Domínguez salvando os sul-americanos debaixo das
traves.
O esforço foi recompensado no
primeiro ataque do 2º tempo. Brilhou a estrela de Mehmedi, que empatou em seu
primeiro toque na bola. A partida ficou aberta, com várias chances de ambos os
lados. Quando tudo parecia definido, porém, Seferovic finalizou um
contra-ataque arrasador e garantiu a vitória suíça.
O melhor: Domínguez – Goleiro
equatoriano foi um paredão. Fez diversas defesas difíceis, especialmente no
primeiro tempo, e foi o responsável por segurar o ímpeto ofensivo dos suíços
até onde deu.
O pior: Paredes – Não foi
obstáculo para ninguém. As principais jogadas da Suíça foram criadas nos
espaços deixados pelo lateral direito equatoriano.
A chave do jogo: Bola parada –
Os dois primeiros gols da partida saíram tiveram origem em cruzamentos neste
tipo de jogada. O do Equador surgiu em
um escanteio. Já os suíços marcaram após cobrança de falta.
Toque dos técnicos: Suíços
adiantaram a marcação, pressionaram a saída de bola do adversário e jogaram
todo o confronto em seu campo de ataque. Equador recuou e jogou no
contra-ataque enquanto esteve em vantagem. Com o empate, se lançou ao ataque e
deixou a partida aberta.
Para lembrar:
Nada de hino após a música.
Quem acompanhou as seleções latinas na primeira rodada deve ter estranhado
porque apenas a torcida do Equador não imitou os brasileiros cantando "à
capela". Isso ocorreu porque o hino do país possui apenas duas estrofes,
contempladas no trecho executado pelo cerimonial da Fifa.
Cadeiras vazias. Os torcedores
tiveram dificuldades para entrar no estádio Mané Garrincha e longas filas foram
formadas do lado de fora. O resultado foram 'buracos' nas arquibancadas nos
minutos iniciais de jogo.
SUÍÇA X EQUADOR
Suíça: Benaglio; Lichtsteiner,
Djourou, Von Bergen e Ricardo Rodriguez; Inler, Behrami, Stocker (Mehmedi) e
Xhaka; Shaqiri e Drmic (Seferovic). Técnico: Ottmar Hitzfeld
Equador: Domínguez; Paredes,
Guagua, Erazo e Walter Ayoví; Gruezo, Noboa, Montero (Rojas) e Antonio
Valencia; Enner Valencia e Caicedo (Arroyo). Técnico: Reinaldo Rueda
Data: 15/06/2014 – 13h
Local: Mané Garrincha
(Brasília)
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Auxiliares: Abduxamidullo
Rasulov (UZB) e Bakhadyr Kochkarov (QRQ)
Cartões Amarelos: Djourou
(Suíça) e Paredes (Equador)
Gols: Enner Valencia, aos 21
min do 1º tempo e Mehmedi aos 2 min do 2º tempo
Uol
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