O tão esperado clássico
europeu decepcionou. Duelo extremamente tático, travado, no qual as defesas
prevaleceram. Foi decisiva, então, a eficiência da Alemanha, que aproveitou uma
das poucas oportunidades que teve para bater a França por 1 a 0, nesta
sexta-feira, no Maracanã. Os tricampeões mundiais avançam às semifinais da Copa
e enfrentam o vencedor do duelo entre Brasil e Colômbia.
A classificação confirma a
constância alemã, que chega às semifinais pela quarta vez consecutiva. O
desafio agora é parar de bater na trave. Apontada como uma geração promissora
desde seu surgimento, em 2006, a atual equipe sempre falhou às vésperas da
decisão. Hora de acabar com o quase? Promessa de dificuldade para os comandados
de Felipão, se estes passarem de fase.
As fases do jogo: O clássico
europeu opôs duas concepções de jogo no primeiro tempo. A Alemanha foi a dona
da posse de bola, pressionou a saída adversária e procurou ditar o ritmo da
partida. Já a França apostou em lançamentos longos, jogadas de velocidade e de
poucos toques. Foram mais agudos que os rivais, fizeram o goleiro Neuer
trabalhar aos 33 em chute de Valbuena, mas sofreram diante da efetividade dos
alemães, que abriram o placar em sua única finalização correta. Hummels desviou
de cabeça após cobrança de falta e abriu o placar.
O panorama da partida pouco
mudou na etapa final. Atrás no placar, a França até tentou sair mais para o
jogo, mas sofreu para escapar da marcação adiantada do adversário. Com a
entrada de Rémy na metade do segundo tempo, os franceses partiram para a
pressão. Cedeu, porém, espaço para o veloz contra-ataque alemão. Schürrle,
sozinho, na grande área, chutou em cima de Lloris aos 36. No minuto final,
Neuer fez milagre em chute de Benzema e evitou que o jogo fosse para a
prorrogação.
O melhor: Hummels – Zagueiro
teve muito trabalho diante dos velozes atacantes franceses e correspondeu.
Salvou duas chances claras do adversário e mostrou presença ofensiva ao abrir o
placar para os alemães com um gol de cabeça.
O pior: Klose – Foi a grande
aposta da Alemanha, que até então não havia atuado com um centroavante fixo
durante toda a Copa. Não foi desta vez, porém, que o veterano atacante deixou o
brasileiro Ronaldo para trás como o maior artilheiro da história dos Mundiais.
Ficou preso na marcação francesa, participou pouco do jogo e não criou sequer
uma chance de gol. Acabou substituído no segundo tempo.
A chave do jogo: Bola parada –
Em um jogo extremamente equilibrado e truncado, no qual as defesas prevaleceram
sobre os ataques, mostrou-se decisiva. Foi em uma cobrança de falta que surgiu
o gol de cabeça de Hummels, que garantiu a vitória alemã.
Toque dos técnicos: Alemanha
sem centroavante fixo não é a Alemanha. Esta foi a principal crítica feita à
equipe que apresentou dificuldades na primeira fase e sofreu para eliminar a
Argélia nas oitavas. Pois o técnico Joachim Löw decidiu rever seus conceitos. Pela
primeira vez nesta Copa, optou por escalar Klose como titular, colocando Götze
no banco.
Para lembrar:
Data para guardar. O dia 4 de julho é especial para os alemães.
Além da classificação para as semifinais da Copa de 2014, é aniversário da
histórica vitória no Mundial de 1954. Na ocasião, a seleção derrotou a Hungria
na final por 3 a 2 e conquistou o primeiro de seus três títulos. O triunfo
ficou conhecido como o 'Milagre de Berna'.
Fim da invencibilidade.
Capitão da França na conquista invicta da Copa de 1998, o técnico Didier
Deschamps conheceu sua primeira derrota com sua seleção em um Mundial.
Saúde em dia. Um surto de
gripe preocupou os alemães às vésperas do duelo contra a França. Sete jogadores
da equipe, que não tiveram seus nomes revelados, apresentaram problemas. Havia
a expectativa de que, com o calor de um jogo às 13h no Rio, os atletas
apresentassem dificuldades. O que se viu, porém, foi uma Alemanha 100%.
FRANÇA 0 x 1 ALEMANHA
França: Lloris; Debuchy,
Varane, Sakho (Koscielny) e Evra; Cabaye (Rémy), Pogba e Matuidi; Valbuena
(Giroud), Griezmann e Benzema. Técnico: Didier Deschamps
Alemanha: Neuer; Lahm,
Boateng, Hummels e Howedes; Khedira, Schweinsteiger, Kroos (Kramer) e Özil
(Götze); Müller e Klose (Schürrle). Técnico: Joachim Löw
Data: 04/07/2014 - 13h
Local: Maracanã (Rio de
Janeiro)
Árbitro: Nestor Pitana (ARG)
Auxiliares: Hernan Maidana e
Juan Pablo Belatti (ARG)
Cartões amarelos: Khedira e
Schweinsteiger (Alemanha)
Gols: Hummels, aos 12 min do
1º tempo.
Uol
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