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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Investigação de chacina que vitimou cinco mulheres em Itajá tem reviravolta

As investigações da chacina que vitimou cinco mulheres dentro de um prostíbulo no município de Itajá, crime ocorrido em julho do ano passado, tiveram uma reviravolta. Apontado como mentor da matança, o comerciante Francisco de Assis Júnior, de 38 anos, chegou a passar 30 dias na cadeia. Agora, solto e livre da acusação, ela busca justiça. Quer que a própria irmã, que procurou a polícia para denunciá-lo, responda pelo falso testemunho. No vídeo acima, em entrevista exclusiva à Inter TV Cabugi, Francisco fala pela primeira vez após ter sido posto em liberdade.

Pai de três filhos, Francisco de Assis mora em Macaíba, cidade da Grande Natal, onde vive com a companheira há 17 anos. Disse que está sem trabalho e que desde agosto, quando deixou a cadeia, tem vergonha de sair de casa e encarar a sociedade. "Para provar que eu não tenho nada a ver, minha esposa vendeu a casa. Vergonha", contou. 

Em depoimento à Polícia Civil de Macaíba, logo após a chacina, a irmã de Francisco disse que ele era sócio do prostíbulo. Lá, segundo a mulher, ele fornecia bebidas e cigarros para as garotas de programa. Hoje, a polícia acredita que ela mentiu. "Na minha concepção, a irmã dele criou uma história. Depois que ela prestou o depoimento, nós achamos por bem pedir a prisão temporária de Francisco. Durante esses 30 dias, nós não encontramos nenhum elemento que viesse a colocar ele na cena da chacina", disse o delegado Normando Feitosa.

Para a defesa de Francisco, o pedido de prisão temporária na época do crime foi precoce porque não havia elementos suficientes para incriminá-lo. "Demandaria um pouco mais de apuração de indícios para a decretação da prisão temporária. Se esses indícios tivessem sido suficientes para o requerimento da prisão, mas que ela durou além do prazo razoável porque não houve evolução e confirmação daqueles fatos no continuar das investigações", disse o advogado Arsênio Pimentel.

Normando não concorda que tenha agido de forma precipitada. "Não houve precipitação, porque diante daquela situação, se eu deixasse de pedir a temporária ou qualquer medida cautelar, eu estaria em uma situação delicada", rebateu o delegado.

Agora, nem a polícia nem a família sabem o paradeiro da mulher, que pode responder judicialmente pelo que fez. "Falso testemunho. Se for comprovado que ela inventou toda a situação, acusando seu irmão indevidamente, ela vai pagar pelo que fez", afirmou Normando Feitosa.

A chacina
A chacina aconteceu na madrugada do dia 15 de julho de 2015, em um prostíbulo no município de Itajá. Segundo a polícia, quatro homens armados e encapuzados entraram na casa e efetuaram os disparos. As cinco mulheres que estavam na casa foram mortas com tiros na cabeça. Dois corpos foram encontrados em uma sala, outros dois na cozinha e a quinta vítima foi morta no banheiro de uma suíte. Apenas as cinco mulheres estavam na casa no momento do crime.

Foram mortas Patrícia Regina Nunes, de 37 anos, natural de Natal (gerente do prostíbulo), Antônia Francisca Bezerra Vicente, de 32 anos, natural de Upanema, e Maria da Conceição Pedrosa, de 21 anos, Maria Daiane Batista, de 20 anos e Cássia Rayane Santiago Silva, de 17 anos, naturais de Assu.

Prisões
Francisco de Assis Júnior, o comerciante apontado como mantenedor do prostíbulo, foi preso dois dias depois. Ele recebeu voz de prisão ao se apresentar na Delegacia de Macaíba.

Francisco foi intimado por conta de uma queixa de violência doméstica que a irmã prestou contra ele. Após a prisão, agentes foram à casa do comerciante e fizeram uma busca. No local foi apreendido um aparelho celular que contém imagens da chacina e das cinco mulheres mortas. O delegado revelou que o telefone pertencia à mulher de Francisco de Assis. “Há algum interesse dela ou mesmo do próprio marido nesta história. E isso nós também vamos descobrir”, ressaltou o delegado na ocasião.

Francisco não foi a única pessoa presa suspeita de participar da chacina. No dia seguinte ao crime, um homem foi detido em Itajá também apontado como suspeito de envolvimento na matança. O preso chama-se Isaac Mendonça de Lucena, de 30 anos. Agricultor, ele foi o único denunciado pelo Ministério Público até o momento.

Segundo a denúncia, Isaac mantinha relacionamento amoroso com uma mulher. Esta, por sua vez, estaria se envolvendo com Patrícia Regina Nunes, gerente da ‘Casa dos Drinks’, bordel onde aconteceu a chacina. Enciumado, Isaac teria matado Patrícia e, em seguida, também executado as outras vítimas por elas terem testemunhado o crime. Ainda de acordo com o MP, Patrícia já havia sido ameaçada diversas vezes pelo companheiro.

A denúncia diz que Isaac não cometeu o crime sozinho. Outros dois homens também teriam feito os disparos. Ambos, ainda são procurados. Isaac Mendonça foi indiciado pelo MP por homicídio qualificado por motivo torpe e por impossibilidade de defesa das vítimas.

G1 RN

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