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Vereador João Evangelista de
Menezes Filho, presidente da Câmara Municipal de Apodi (Foto: Márcio Morais)
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As prisões, segundo o MP,
foram necessárias em razão de os suspeitos estarem atrapalhando uma
investigação conduzida pelo próprio órgão ministerial. A operação foi batizada
de Apóstolo.
"O vereador vinha sendo
investigado há mais de 9 meses pelo Grupo de Atuação Regional de Defesa do
Patrimônio Público (GARPP), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (GAECO) e Promotoria de Apodi por suspeita de desvio de recursos
públicos Casa Legislativa", acrescentou o MP.
Ainda de acordo com o
Ministério Público, "no curso das investigações da operação,
interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram uma
intensa articulação do presidente da Câmara no intuito de intimidar testemunhas
e assim interferir no conteúdo dos seus depoimentos, além de ter destruído
documentos que interessavam às investigações. Diante dessas circunstâncias, não
restou outra alternativa senão requerer a custódia cautelar do investigado e de
outras oito pessoas que vinham tentando inviabilizar as investigações".
"Os elementos de prova
até agora colhidos apontam para a prática dos crimes de peculato, extravio de
documentos públicos, falsidade ideológica e uso de documentos falsos,
associação criminosa, denunciação caluniosa, usurpação de função pública e
falso testemunho, cujo somatório das penas pode chegar a até 47 anos de
prisão", acrescentou.
Superfaturamento
No dia 21 de julho de 2015, o
Ministério Público apreendeu documentos na Câmara Municipal de Apodi durante o
cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça do Rio
Grande do Norte. As apreensões estão sendo usadas em um inquérito criminal que
apura o superfaturamento de despesas na Casa Legislativa. "Basicamente,
recolhemos documentos, anotações e um malote com informações contábeis e
financeiras. Foi necessário arrombar algumas portas e gavetas que não puderam
ser abertas", explicou na ocasião o promotor Sílvio Brito.
O representante do Ministério
Público acrescentou que já existia uma investigação sobre o superfaturamento na
esfera cível. "A investigação criminal foi um desdobramento dos fatos
constatados pelo órgão", acrescentou.
G1 RN
G1 RN
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