
Segundo o ministério, os
pesquisadores têm como objetivo buscar informações robustas sobre a relação do
vírus Zika com a microcefalia. Entre os municípios selecionados para participar
do estudo estão João Pessoa, Campina Grande, Patos e suas respectivas regiões
metropolitanas.
A previsão é que, durante
quase dois meses, oito equipes investiguem a proporção de recém-nascidos com
microcefalia possivelmente associada ao Zika, além do risco da infecção pelo
vírus.
Serão estudadas
aproximadamente 170 crianças que nasceram com a malformação desde outubro de
2015. Para cada uma delas, serão examinadas de duas a três crianças da mesma
região que não nasceram com o problema.
A proposta, de acordo com o
ministério, é que, a partir da comparação desses casos, seja possível estimar o
risco apresentado pela infecção e confirmar se há uma relação entre o vírus
Zika e a microcefalia.
Pesquisadores americanos
investigam se outros agentes infecciosos podem estar relacionados aos casos de
malformação congênita em bebês.
O estudo é composto por um
questionário com perguntas relacionadas à gestação, possíveis sinais e sintomas
apresentados pela mulher durante o período e perguntas relacionadas ao
nascimento da criança. Amostras de sangue das mães e de seus bebês serão
examinadas pelo laboratório americano.
Dados do último boletim
epidemiológico apontam a Paraíba como o segundo estado com maior número de
casos suspeitos de microcefalia possivelmente associada ao Zika no país. São
790 casos notificados, sendo 59 confirmados para a malformação, 291 descartados
e 440 em investigação.
Em todo o Brasil, 4.107 casos
suspeitos estão em investigação. Entre outubro de 2015 e fevereiro deste ano, o
país registrou 5.640 casos, sendo 950 deles descartados.
Até o momento, 583
notificações foram confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema
nervoso, sugestivos de infecção congênita, em 235 municípios de 16 unidades da
federação (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás,
Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte,
Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). Destes, 67 tiveram confirmação
laboratorial para o vírus Zika.
Agência Brasil
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