O ex-presidente da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ricardo Motta (de saída do Pros
para o PSB), será investigado pelo Ministério Público Estadual (MPRN) como
acusado de se beneficiar do esquema criminoso que desviou pelo menos R$ 19
milhões do Instituto de Desenvolvimento do Meio Ambiente (IDEMA).
A investigação criminal foi
autorizada nesta sexta-feira (26) pelo desembargador João Rebouças, do Tribunal
de Justiça do Estado (TJRN).
Como deputado tem foro
privilegiado, a investigação só poderia ser feita mediante autorização do
Judiciário. Caberá ao procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis, coordenar os
trabalhos investigatórios.
Ricardo Motta foi acusado pelo
ex-diretor do Idema e apontado como chefe que esquema criminoso, Gutson
Reinaldo. Em depoimento à Justiça, na segunda-feira (22), Gutson disse que 60%
dos recursos desviados eram para políticos, citando Motta como maior beneficiado.
Segundo Gutson, o
ex-presidente da Assembleia Legislativa pediu R$ 8 milhões para pagar contas da
campanha eleitoral.
Nas eleições de 2014, além de
renovar o mandato, Ricardo Motta investiu na eleição do filho Rafael Motta
(PSB), deputado federal mais votado do Estado.
Ricardo Motta, depois de
citado por Gutson Reinaldo, emitiu nota à sociedade negando participação no
crime contra o patrimônio Público. Garantiu que não conhece Gutson e que não
foi responsável por sua indicação para o cargo de diretor do Idema.
Gutson Reinaldo foi preso na
“Operação Candeeiro”, detonada no segundo semestre de 2015, quando o Ministério
Público desbaratou o esquema criminoso no Idema. Ele é o único acusado que
continua preso.
Blog do César Santos
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