As esperanças de se
desenvolver uma vacina contra o vírus da zika deram um passo adiante nesta
quarta-feira (17), quando a empresa farmacêutica Inovio Pharmaceuticals disse
que uma dose experimental induziu uma reação robusta e duradoura em ratos.
Atualmente, pelo menos 15
empresas e grupos acadêmicos estão empenhados na criação de vacinas contra o
zika, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em função do temor
crescente do público diante do vírus, que se propaga pelas Américas.
A zika, cujos sintomas incluem
febre baixa e irritação cutânea, vem sendo ligado a casos de microcefalia – uma
má-formação cerebral - em recém-nascidos no Brasil, embora a conexão ainda não
tenha sido provada.
Não existe tratamento nem
vacina comprovados contra a doença, uma prima próxima dos vírus que causam
dengue, chikungunya e febre do Oeste do Nilo.
A Inovio disse em um
comunicado que os ratos que receberam sua vacina desenvolveram anticorpos e
mostraram reação das células-T, que desempenham um papel importante na
imunização do corpo.
"A seguir, iremos testar
a vacina em primatas não-humanos e iniciar a fabricação do produto clínico.
Planejamos iniciar a Fase I dos testes em humanos de nossa vacina contra o zika
antes do final de 2016", afirmou o executivo-chefe da Inovio, Joseph Kim.
A Fase I é o primeiro estágio
de um processo de três etapas de testes de novos medicamentos e envolve o uso
de um produto experimental em voluntários saudáveis.
A vacina de DNA da Inovio está
sendo desenvolvida com a empresa sul-coreana GeneOne Life Sciences e com
colaboradores acadêmicos. Um colaborador canadense disse à Reuters no mês
passado que o teste da vacina em humanos pode começar já em agosto.
Outros projetos de vacina
Entre outras organizações com
projetos de vacina contra o vírus da zika relativamente avançados está a
indiana Bharat Biotech, que informou no início de fevereiro que sua vacina
experimental está prestes a ser aplicada em testes pré-clínicos com animais.
Os Institutos Nacionais de
Saúde dos Estados Unidos também estão trabalhando em outra vacina de DNA, e a
farmacêutica francesa Sanofi, que fabrica a primeira vacina contra dengue do
mundo, anunciou em 2 de fevereiro que está lançando um projeto de vacina do
zika.
Apesar do programa de trabalho
acelerado, entretanto, a OMS estima que serão necessários pelo menos 18 meses
para que qualquer vacina contra o zika esteja pronta para ser utilizada em
testes clínicos de larga escala.
Bem Estar-G1
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