A Organização Mundial da Saúde
afirmou, nesta sexta-feira, que há um acúmulo de evidências da relação entre o
zika e a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. O Comitê de Emergência da
OMS vai se reunir na próxima semana para rever a "informação em evolução
sobre a doença" e as suas recomendações sobre as viagens e o comércio no
que é considerada temporada de maior transmissão do vírus no Hemisfério Sul.
Bruce Aylward, diretor
executivo da OMS para Epidemias e Emergências de Saúde, disse que estudos
recentemente publicados pela “Lancet” sobre microcefalia e pelo Centro de
Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos sobre Guillain-Barré
reforçaram a responsabilidade do vírus com relação às duas doenças.
- Desde que foi declarada
emergência de saúde pública (pela OMS) em fevereiro, continua a se acumular a
evidência de que pode haver uma relação causal - explicou Aylward, em
entrevista coletiva em Genebra.
Cientistas franceses, em um
estudo retrospectivo de um surto de Zika na Polinésia Francesa, em 2013-2014,
disseram, na semana passada, que ficou provada uma ligação entre zika e
Guillain-Barré, sugerindo que pode haver um aumento de casos da síndrome.
Um estudo feito com nove
mulheres grávidas dos Estados Unidos que viajaram para países onde o vírus
estava circulando mostrou um número maior do que o esperado de infecções e
anormalidades cerebrais em fetos, informaram autoridades de saúde dos EUA na
semana passada.
- Estamos agora na época de
maior transmissão do vírus da dengue no Hemisfério Sul, que começou um mês ou
mais atrás. Como é o mesmo vetor, acreditamos que esta seria obviamente a de
maior transmissão do zika também - afimou Aylward.
O Globo
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