
No dia 2 de julho de 2015, o
dólar fechou no mesmo valor que esta terça, a R$ 3,096. Antes disso, o menor
valor de fechamento havia sido em 23 de junho de 2015, quando a moeda
norte-americana encerrou os negócios vendida a R$ 3,0779.
À tarde, a moeda chegou a
subir após discurso de Janet Yellen, chefe do Federal Reserve (Fed), aumentar
expectativas de que o banco central dos Estados Unidos pode aumentar os juros
no país acima do esperado. O avanço da moeda, no entanto, não se sustentou.
O dólar iniciou os negócios do
dia em queda, após Michael Flynn, conselheiro de Segurança Nacional do
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedir demissão do cargo depois de
revelações de que ele discutiu as sanções impostas pelos EUA à Rússia com o
embaixador russo em Washington antes da posse de Trump.
Juros nos EUA
O mercado monitora pistas
sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas no país,
o dólar teria uma tendência de alta em relação a moedas como o real. Isso porque
os Estados Unidos se tornariam mais atraentes para investidores que possuem
recursos aplicados em outros mercados, como o Brasil.
Nesta terça, Yellen disse que
o Fed provavelmente precisará elevar a taxa de juros em uma das próximas
reuniões, embora tenha indicado incerteza considerável sobre a política
econômica com a administração do presidente Donald Trump. Ela acrescentou
ainda, durante audiência no Senado norte-americano, que adiar aumentos dos
juros seria "insensato".
"Ela (Yellen) foi clara
ao dizer que não seria inteligente esperar para subir os juros", apontou à
Reuters o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer.
Conselheiro de Trump
A renúncia de Flynn ressaltou
no mercado a persistente imprevisibilidade da administração de Trump, aumentando
o clima de cautela, destaca a Reuters.
"Ainda estamos no início
da nova administração, por isso ainda não conseguimos detalhes sobre a
estratégia fiscal e isso vai ter impacto importante sobre como o Fed orienta a
política", disse à Reuters o estrategista-chefe de mercado da BNY Mellon,
em Londres, Simon Derrick.
Interferência do BC
O BC brasileiro voltou a fazer
leilão de swap tradicional - equivalentes à venda futura de dólares - para
rolagem dos vencimentos de março, vendendo o lote integral de até 6 mil
contratos, equivalente a US$ 300 milhões. Com isso, voltou ao mercado com esse
tipo de intervenção, feita pela última vez em 30 de janeiro, destaca a Reuters.
Se mantiver esse volume até o
final do mês, e vender o lote integral, o BC rolará apenas parcialmente o lote
que vence no próximo mês, equivalente a US$ 6,954 bilhões.
Operadores disseram à Reuters
que a atuação indicava que o BC não estava preocupado com o nível do dólar, que
vem mostrando trajetória de baixa ante o real diante das expectativas de
ingresso de recursos externos no País.
"Parece que para o BC,
quanto mais baixo (o dólar), melhor. Pode contribuir para cortar um pouco mais
a Selic", afirmou à agência o diretor da consultoria de valores
mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
O BC fará leilão de até 6 mil
swaps tradicionais, voltando ao mercado com esse tipo de intervenção, feita
pela última vez em 30 de janeiro.
Se mantiver esse volume até o
final do mês, e vender o lote integral, o BC rolará apenas parcialmente o lote
que vence no próximo mês, equivalente a quase US$ 7 bilhões.
No exterior, o dólar recuava
ante outras moedas, com investidores também de olho no depoimento da chair do
Federal Reserve, Janet Yellen, no Senado norte-americano às 13h (horário de
Brasília).
G1
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