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O deputado Arthur Maia
apresenta seu relatório na Comissão Especial que analisa a proposta de emenda à
Constituição 287/16, da reforma da Previdência (Foto: Marcelo Camargo/Agência
Brasil)
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Os debates em torno da reforma
da Previdência, na Comissão Especial da Câmara que analisa a matéria, deverão
ser encerrados amanhã (2). A previsão do presidente da comissão, deputado Carlos
Marun (PMDB-MS), é de que a votação do substitutivo apresentado pelo relator,
deputado Arthur Maia (PPS-BA), comece na quarta-feira (3) e termine no dia
seguinte. Marun quer que todos os inscritos para discutir a matéria se
pronunciem na terça-feira para que a votação na comissão seja iniciada na
quarta.
Segundo Marun, as discussões
tiveram que ser adiadas em função de a votação da reforma trabalhista ter
terminado muito tarde. Com isso, não houve quórum na comissão para concluir os
debates em torno do parecer do relator Arthur Maia. De acordo com Marun, nesta
terça-feira será possível concluir os debates até mesmo porque a Câmara estará
mais tranquila com a apreciação de medidas provisórias, o que contribuirá para
“maior concentração de deputados na comissão”.
Enquanto Marun trabalha para
encerrar as discussões na comissão especial, o relator Arthur Maia disse que
vai voltar a fazer uma rodada de conversas com as bancadas dos partidos aliados
do governo para mostrar que várias modificações sugeridas pelos deputados foram
acatadas por ele e fazem parte do texto a ser levado à votação.
Embora ainda existam pedidos
de parlamentares da base governista para promover mudanças no texto, Arthur
Maia entende que não há necessidade de mais mudanças. “Eu não vejo
[necessidade] e não pretendo fazer modificações. O meu acerto com os deputados
com quem tenho conversado é não mudar mais nada”, afirmou.
Mesmo com os dirigentes da
comissão prometendo acelerar os trabalhos para que a proposta de emenda à
Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma do sistema previdenciário, seja
votada na comissão nesta semana, há lideranças de partidos da base governista
que defendem o adiamento da votação, como é o caso do líder do PSD, deputado
Marcos Montes (MG). Líder de uma bancada de 37 deputados, Montes defende o
adiamento da votação da Previdência por um período de 30 a 45 dias.
“Uma sugestão que fiz ao
governo é que depois da reforma trabalhista, a gente baixe a poeira, discuta a
Previdência com calma, mais 30 dias, para depois votar. Respira e na hora que
tiver um sentimento de compreensão da reforma, a gente vota. Não dá para
aprovar uma e imediatamente aprovar a outra”, disse o líder.
Agência Brasil
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