A reação dos mercados à
delação da JBS que envolve diretamente o presidente Michel Temer foi proporcional
à seriedade da situação. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,
desabou 8,79%, aos 61.597 pontos, maior recuo desde outubro de 2008, auge da
crise financeira internacional. Na abertura dos negócios, o Ibovespa chegou a
cair mais de 10% e o circuit breaker foi acionado, paralisando os negócios por
meia hora. Esse mecanismo não era usado há quase nove anos. Já o dólar
registrou a maior alta desde 1999, quando houve a maxidesvalorização do real: a
moeda saltou 8,16%, a R$ 3,39. As operações de câmbio também foram paralisadas
por uma hora, logo na abertura. O risco-país, medido pelos credit default swaps
(CDS, espécie de seguro contra calote), disparou 59 pontos e fechou a 266
pontos.
Esses movimentos refletiram a
frustração dos investidores, que já davam como certa a aprovação das reformas,
projetando a taxa básica de juros (Selic) em torno de 8% até dezembro, com o
dólar perto de R$ 3 e a Bolsa atingindo patamares recordes. Ontem, tais
projeções se evaporaram.
— A reação do mercado fala por
si própria. Todos os agentes do mercado estão tomando a acusação praticamente
pelo valor de face, mesmo antes de ouvir a gravação. Isso porque o que
aconteceu aumentou a incerteza com relação às reformas econômica. Como a
aprovação dessas reformas estava sendo levada em consideração pelo Banco
Central com relação à trajetória dos juros, essas denúncias aumentam a
incerteza com relação às taxas de juros — afirmou o diretor de estratégia para
emergentes do banco UBS, Alejo Czerwonko.
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