
As revisões feitas pela
Petrobras poderão ou não se refletir no preço final ao consumidor, uma vez que
a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e
derivados.
O preço médio de GLP
residencial sem tributos comercializado a partir de amanã nas refinarias da
Petrobras será equivalente a R$ 23,16 por botijão de 13kg. No entanto, o preço
final ao consumidor vai depender de repasses feitos por distribuidoras e revendedores.
Segundo a estatal, a queda no
preço é decorrência de uma revisão feita pela companhia em sua política de
preços do GLP de uso residencial, comercializado em botijões de até 13 kg, e
que “definiu novos critérios para aplicação dos reajustes, além de uma regra de
transição para 2018”, que já implicará na queda de amanhã.
Em nota, a Petrobras informa
que o objetivo da decisão foi "suavizar os repasses da volatilidade dos
preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico, ao mesmo
tempo em que se mantém o disposto na Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de
Política Energética, que reconhece como de interesse da política energética
nacional a prática de preços diferenciados para a comercialização do GLP de uso
residencial”.
Estes novos critérios
permitirão manter o valor do GLP referenciado no mercado internacional, “mas
diluirão os efeitos de aumentos de preços tipicamente concentrados no fim de
cada ano, dada a sazonalidade do produto, embora a referência continuará sendo
o preço do butano e propano comercializado no mercado europeu, acrescido de
margem de 5%”, diz a nota.
Reajuste trimestral
A partir deste ano, os
reajustes de preços passam a ser trimestrais em vez de mensais, com vigência no
dia 5 do início de cada trimestre. O período de apuração das cotações
internacionais e do câmbio que definirão os percentuais de ajuste será a média
dos doze meses anteriores ao período de vigência e não mais a variação mensal.
Qualquer redução ou aumento de
preços superior a 10% terá que ser autorizada pelo Grupo Executivo de Mercado e
Preços (Gemp), formado pelo presidente da Petrobras e pelos diretores de Refino e Gás Natural e
Financeiro e de Relacionamento com Investidores. Nestes casos, a data de aplicação
dos ajustes pode ser modificada. Caso o índice de reajuste seja muito elevado,
o Gemp poderá não aplicá-lo integralmente, e compensar a diferença.
O mecanismo de compensação vai
permitir comparar os preços praticados com a nova política e os preços que
seriam praticados com a política anterior. As diferenças acumuladas em um ano,
ajustadas pela taxa selic, serão compensadas por meio de uma parcela fixa
acrescida ou deduzida aos preços praticados no ano seguinte.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente