Mais um impressionante
registro feito pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) mostra um sistema
estelar binário localizado a 5 mil anos-luz da Terra em uma
espécie de “dança” entre o par, gerando, pelo menos, 17 anéis de poeira
cósmica.
Segundo a NASA, o
supertelescópio de US$10 bilhões de dólares foi capaz de, pela primeira vez na
história das observações astronômicas, revelar o que a agência chama de
“impressão digital” desse sistema estelar, chamado Wolf-Rayet 140.
Como as duas estrelas têm órbitas entrelaçadas, durante os períodos de aproximação da dupla, os fluxos de gás que emanam para o espaço (chamados ventos estelares) se chocam, formando esse padrão anelar único.
De acordo com os cientistas,
isso acontece uma vez a cada oito anos, com cada anel de poeira tendo sido
produzido em um desses eventos de aproximação entre os astros e emaranhamento
de seus respectivos gases. “Esses anéis de poeira são como os anéis de
crescimento em um tronco de árvore, que marcam a passagem do tempo”, diz o
comunicado da agência que divulgou a imagem captada pelo Webb.
Telescópios em solo já tinham
capturado o sistema WR 140, mas só foram capazes de revelar, no máximo, dois
anéis produzidos pela dança espacial do par, formado por um tipo raro de
estrela moribunda e sua companheira, uma estrela de classe O (com cerca de 30
vezes a massa do Sol).
A equipe de astrônomos responsável pelo novo estudo,
publicado na quarta-feira (12) na revista Nature Astronomy,
afirmou que estudar essas formações é importante porque sistemas semelhantes a
esse podem ter desempenhado um papel crucial na formação do Universo.
Olhar Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente