O principal fator que impulsionou o aumento dos preços
foi o clima, segundo Hugo Garbe, professor de economia e finanças da
Universidade Mackenzie. “A alta tem uma variante importante que é o clima. Nós
tivemos uma seca prolongada no ano passado, seguida por um período de chuvas no
começo deste ano, o que prejudicou muito as safras e encareceu o preço das
hortaliças, verduras e frutas”, afirmou Hugo.
No acumulado de doze meses até fevereiro, a alta dos preços assusta ainda mais, com alguns itens registrando 57,18% de aumento, como é o caso da maçã. Hortaliças e verduras subiram 7,44% e frutas 24,22% no período – neste último caso, uma elevação de quase cinco vezes em relação ao índice gera de inflação – registrada em 5,63%.
Quitandas e mercados da Grande São Paulo afirmam que os
clientes têm reclamado que muitas mercadorias estão chegando “meladas” e com
durabilidade reduzida por conta das chuvas. Alguns fregueses preferem
substituir os produtos por conta do preço. Uma das trocas comuns tem sido a
opção de banana no lugar de mamão.
Veja a lista dos principais aumentos em doze meses:
Tangerina: +62,25%
Maçã: +57,18%
Laranja baía: +32,17%
Mamão: +31,62%
Melância: +23,07%
Banana prata: +17,55%
Abacaxi: +17,06%
Morango: +15,44%
Uva: +14,41%
Brócolis: +12,34%
Coentro: +10,56%
Couve: +9,24%
Alface: +6,66%
De acordo com Garbe, se a chuva intensa persistir nos
próximos dias, a tendência é que o preço continue a aumentar para hortaliças,
verduras e frutas. “Tem muita safra que está se perdendo com as chuvas, o que
causa menos disponibilidade de mercadorias, fazendo com o que o preço suba”,
alertou o economista.
Ceará Mirim Livre
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