O governo federal anunciou
hoje (2) a decisão de liberar a vacina contra a gripe para toda a população do
país, a partir de segunda-feira. De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo
Barros, a medida só vale este ano e enquanto durarem os estoques.
Anteriormente, apenas podiam
se vacinar nos postos de saúde quem fazia parte do grupo de risco, como idosos,
professores e gestantes. O ministro explicou que a retirada da restrição de
vacinar somente o público-alvo ocorreu porque ainda há 10 milhões de doses
disponíveis na rede pública de saúde. A campanha já tinha sido prorrogada até 9
de junho.
Na campanha deste ano, o
governo espera atingir a meta de imunizar 54 milhões de pessoas, que representam
90% da população considerada de risco para complicações por gripe. Mas, até o
momento, somente 76,7% do público-alvo foram vacinados. E nenhum grupo
prioritário atingiu a meta de vacinação.
Os trabalhadores da saúde foi
o grupo com maior cobertura, com 3,9 milhões de doses aplicadas, alcançando
84,5% da meta. A campanha nacional contra gripe foi prorrogada até 9 de junho
para tentar alcançar melhores resultados. Entre os estados, apenas o do Amapá
atingiu a meta.
De acordo com o último boletim
epidemiológico do Ministério da Saúde, 163
pessoas morreram este ano no
Brasil em decorrência da doença. Em todo ano de 2016, a gripe matou 1.982
pessoas no país. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que este ano
houve poucos casos por influenza devido à baixa circulação do vírus. “Em
consequência disso, o público-alvo procurou menos os postos de saúde”,
explicou.
No entanto, disse que ainda há
10 milhões de doses de um montante de 60 milhões adquiridas. “Para que não haja
desperdício, já que estas vacinas só valem por um ano, decidimos estender a
todas as faixas etárias, enquanto durarem os estoques”, destacou.
Até esta sexta-feira, 41,3
milhões de pessoas do público-alvo foram vacinadas contra a gripe no país. A
imunização contra a gripe protege contra os três sorotipos do vírus da gripe
H1N1 e H3N2 e Influenza B. A vacina é segura e apenas pessoas que têm alergia
ao ovo devem procurar o médico para orientações.
Agência Brasil
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