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Parque das Dunas é uma das
áreas de Mata Atlântica no RN (Foto: Ronaldo Diniz)
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O Rio Grande do Norte atingiu
a marca de desmatamento zero da área de Mata Atlântica no estado. A informação
foi divulgada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do RN
(Semarh), de acordo com dados do Atlas da Mata Atlântica, referentes ao período
de 2015 a 2016.
O documento foi produzido pela
Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE). Uma das principais reservas de Mata Atlântica no Rio Grande do Norte é
o Parque das Dunas, considerado o maior parque urbano do país sobre dunas. Com
cerca de 1.170 hectares, o local abriga mais de 250 espécies de plantas e animais.
Além do parque, o RN ainda
conserva outros remanescentes do bioma, como a Área de Proteção Ambiental
Bonfim-Guaraíras, que possui 290.88 hectares de Mata Atlântica, e a APA
Piquiri-una que abrange cinco municípios da região agreste do estado.
Apesar de os números nacionais
apontarem o desflorestamento de 291 km² do bioma no período de estudo, o Rio
Grande do Norte, de acordo com a Semarh, apresentou apenas seis hectares de
Mata degradados, quando o limite para estar no nível de desmatamento zero é de
100 hectares.
A Secretaria ressalta que o
dado positivo é reflexo do maior controle ambiental. Além disso, outros fatores
que garantiram o desmatamento zero neste período foram a observância e o
cumprimento da Lei 11.428 da Mata Atlântica e o apoio aos municípios,
principalmente no que diz respeito ao licenciamento, monitoramento e
fiscalização ambientais.
“O Idema segue rigorosamente a
lei da Mata Atlântica, bem como a lei 12.651/2012 do código florestal.
Trabalhamos firme na fiscalização das áreas de proteção ambiental para coibir
qualquer indício de desmatamento do bioma”, ressaltou Rondinelle Oliveira,
Diretor-geral do Idema.
Para continuar as ações de
preservação do bioma, a Semarh iniciará nos próximos dias uma série de reuniões
com os municípios para discutir a elaboração dos planos municipais de Mata
Atlântica.
Plano de Manejo do Parque das
Dunas
No primeiro semestre do ano
passado, o Idema iniciou a revisão do Plano de Manejo do Parque das Dunas que
era de 1989. Uma equipe de 25 técnicos está fazendo o levantamento do meio
físico (relevo, geologia, solo), biológico (fauna e flora) e socioeconômico,
com o objetivo não só de atualizar as informações, mas também buscar
ferramentas para cada vez mais mantê-lo preservado.
Com esse trabalho já foram
descobertas mais de 200 espécies novas de flora e fauna. O órgão ambiental está
também retirando algumas espécies de plantas exóticas encontradas no local e
doando-as com o objetivo de manter o bioma do parque.
Reflorestamento da Mata do
Pilão
A Mata do Pilão, localizada
dentro da APA Piquiri-UNA recebeu no último mês de maio cerca de três mil mudas
de plantas nativas. A área que é de grande importância para o lençol freático
da bacia Piquiri-Uma, foi atingida por um incêndio em outubro de 2016. Em
visita ao local no início deste ano, a equipe técnica do Idema constatou uma
regeneração natural da área. Para acelerar o processo de recuperação da mata,
órgão ainda realizou um mutirão para o plantio de milhares de mudas de
Pau-brasil, Ipê Amarelo, Ipê Roxo, Jatobá, Sucupira, entre outras.
Cercamento do Parque Estadual
Mata da Pipa
Outra ação de destaque de
preservação da Mata Atlântica é o cercamento do Parque Estadual Mata da Pipa
(PEMP), iniciado neste mês de junho. Localizado na APA Bonfim-Guaraíras, em
Tibau do Sul, o perímetro do PEMP compreende 11,3km e está recebendo cercas de
concreto. O trabalho conta com o apoio dos moradores da região e visa preservar
toda a área do parque. A obra tem recursos próprios do Idema e deverá ser
concluída em no máximo 90 dias.
G1RN
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