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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fala com jornalistas em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
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O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (28) que a economia brasileira irá
crescer menos que 5% em 2017 e que a estimativa oficial do governo para o
resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano deve ser revisada
para baixo nas próximas semanas. A piora nas expectativas acontece em meio a
incertezas em torno da crise política envolvendo o governo de Michel Temer.
"Será um pouco menor do
que 0,5%, mas certamente será positivo", disse o ministro. "Estamos
avaliando o efeito de tudo isso [crise política] para chegarmos numa conclusão.
Mas é importante dizer que existe um certo ajuste, mas não é um ajuste onde
haja um impacto relevante", acrescentou.
A previsão anterior era de que
a economia cresceria 0,5% neste ano. Essa projeção já era uma redução, visto
que a estimativa anterior era de 1%.
Segundo o ministro, o impacto
das incertezas da crise política na formação das expectativas também fará o
governo revisar a projeção de ritmo de crescimento da economia no final do ano.
Antes, a previsão de crescimento do PIB no 4º trimestre na comparação com o ano
passado era de 2,7%. Nesta quarta, o ministro disse que agora prevê um alta “na
margem acima de 2%".
As declarações foram feitas
pelo ministro em São Paulo em entrevista coletiva realizada nesta tarde, após
encontro com investidores promovido pelo Citibank.
Na última pesquisa Focus do
Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, a previsão
para alta do PIB em 2017 oscilou de 0,4% para 0,39%. Para 2018, os economistas
das instituições financeiras baixaram sua estimativa de expansão da economia de
2,20% para 2,10%.
Apesar do impacto da crise
política, Meirelles avaliou que a recuperação da economia “está muito forte”,
destacando a inflação em queda e a volta da criação de vagas de trabalho
formal.
Questionado se algum momento
pensou em deixar o governo em razão do agravamento da crise política, Meirelles
disse que não, e que a agenda da equipe econômica prossegue normalmente, com
total liberdade de trabalho.
“Estamos prosseguindo
normalmente o nosso trabalho, a economia está indo bem. O resultado do ponto de
vista da atividade econômica está mostrando os resultados. É isso o que
importa”, destacou.
G1
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