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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Indústria avança 0,6% em abril, maior alta para o mês desde 2013

A produção industrial brasileira cresceu 0,6% em abril. frente a março, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. É a primeira alta em 2017 e a maior taxa para o mês desde 2013, quando tinha subido 0,9%. No mês anterior, o setor havia recuado 1,8%. A mediana das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg era de alta de 0,1%. Na comparação com abril de 2016, houve queda de 4,5%. Nos quatro primeiros meses de 2017, o recuo é de 0,7%.

O IBGE revisou resultados dos meses anteriores. A queda de março, anteriormente estimada em 1,8%, passou a ser de 1,3%. Já o recuo de 0,4% de janeiro foi recalculado para retração de 0,1%.

A primeira alta da indústria no ano, no entanto, ainda não permite identificar uma recuperação do setor, segundo André Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE:

— Dos quatro principais impactos que tiveram influência importante, todos eles tiveram comportamento negativo no mês anterior. (O resultado) reforça esse caráter errático da produção industrial, o que claramente não caracterizaria, a despeito desse 0,6%, nenhuma trajetória de crescimento da produção. Não fica nada clara uma retomada.

O dado é revelado um dia após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que mostrou que a economia cresceu 1º nos primeiros três meses do ano, na comparação com o último trimestre de 2016, a primeira alta em dois anos.

Na avaliação do técnico do IBGE, o pior momento da indústria ficou para trás, mas o setor ainda está estagnado. A produção está no mesmo patamar de janeiro de 2009.

— Aquele cenário de perdas sucessivas parece que ficou para trás. Mas isso tampouco significa que o setor industrial entrou em uma trajetória de crescimento. Há uma estabilidade em determinado momento, mas o setor industrial ainda permanece muito longe de seus patamares históricos. O setor hoje opera 19,8% abaixo do pico de produção, alcançado em junho de 2013. Há um distanciamento muito grande. Em termo de patamar de produção, é como se estivesse operando em patamares de janeiro de 2009 - explica André Macedo.

IMPULSO DE PRODUTOS FARMACÊUTICO
O resultado positivo foi influenciado pela alta de 13 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. Os destaques foram as altas registradas nos segmentos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (19,8%), veículos automotores (3,4%), refino (2%) e máquinas e equipamentos (4,9%). Todas essas atividades haviam registrado queda em março, destacou o instituto.

A alta de produtos farmacêuticos, na avaliação do IBGE, foi resultado do chamado efeito base: o segmento havia registrado retração de 23,4% na passagem de fevereiro para março. É um setor marcado pela volatilidade. Para se ter uma ideia, desde abril de 2016 foram oito resultados negativos e cinco positivos. No acumulado dos primeiros quatro meses, o setor ainda está no terreno negativo, com queda de 15%.

— É uma atividade que tem característica de muita volatilidade. Vem oscilando claramente mês a mês. Houve um crescimento muito alto mais em função de uma perda muito negativa. E em linhas gerais, tem um comportamento semelhante ao restante da indústria: o que cresce não repõe a perda do passado — Macedo.

A indústria extrativa registrou queda de 1,4% em abril, na comparação com março. Na comparação com igual mês do ano anterior, o segmento registrou alta de 4,4%. A indústria extrativa ajudou a impulsionar o resultado do PIB industrial do primeiro trimestre, com alta de 1,7% no trimestre. O IBGE destaca, no entanto, que os levantamentos da pesquisa mensal e do PIB são diferentes.

O IBGE também divide a pesquisa em grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários, bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não-duráveis. Desses grupos, só o de bens semi e não-duráveis registrou queda, de 0,8%, na passagem entre março e abril. As outras categorias ficaram em alta, revertendo em parte os resultados negativos do mês anterior.

O destaque ficou por conta dos bens intermediários, categoria formada pelos insumos - produtos usados na produção de outras mercadorias -, que avançou 2,1% na passagem do mês. Os bens duráveis, que agrupam produtos como eletrodomésticos, tiveram alta de 1,9%. Já os bens de capital, normalmente associados a investimentos, avançaram 1,5%.

MAIOR QUEDA DESDE OUTUBRO NA COMPARAÇÃO ANUAL
Apesar da melhora na passagem entre março e abril, o resultado na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de queda de 4,5%, foi o pior desde outubro, quando a indústria recuou 7,5%. Nesse tipo de comparação, 18 dos 26 ramos acompanhados pela pesquisa tiveram queda.

O destaque, nessa comparação anual, foram os produtos alimentícios, que tiveram queda de 16,4%. Os segmentos de refino e derivados de petróleo (-7,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,5%), produtos farmacêuticos (-13,9%) e bebidas (-9,1%) também influenciaram negativamente.

Já entre as grandes categorias econômicas, o destaque negativo ficou por conta dos bens de consumo semi e não-duráveis, com recuo de 9,8%, o terceiro consecutivo. O segmento de bens de capital (-5,5%) e bens intermediários (-3%) também ficaram em queda. Só os bens duráveis, com alta de 0,6%, tiveram número positivo.

As informações da pesquisa mensal devem ajudar analistas a prever o comportamento da economia no segundo trimestre do ano. Até a tarde de quinta-feira, economistas consultados pelo GLOBO previam estabilidade para o período, com possível retração, dependendo também do efeito da crise política sobre a economia.

O Globo

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