O presidente da Fecomércio RN,
Marcelo Queiroz, participou nesta quarta-feira, 11, da reunião de diretoria da
Confederação Nacional do Comércio (CNC), na sede da entidade em Brasília. O
convidado especial da reunião foi o ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio, Armando Monteiro Neto, que participou de um almoço com os diretores
da CNC.
Em sua fala, o ministro fez
questão de clamar os empresários para preservar um clima de otimismo com a
economia nacional. Segundo ele, a crise econômica que está posta hoje “não é,
nem de longe, maior do que muitas outras que o país já atravessou”.
Armando Monteiro Neto citou
alguns números do país – como a relação crédito versus PIB (na casa dos 50%
hoje, quando há dez anos era de 25%) e a inexistência de um ambiente de
“inflação desenfreada como o que já enfrentamos no passado” e defendeu que a crise econômica hoje é muito
mais fruto de percepções e queda de otimismos e confiança do que efetivamente
real.
“Delfim Neto já disse que a
crise começa, antes de tudo, na cabeça das pessoas. E é isso que estamos
vendo”, afirmou. O ministro, no entanto, reconheceu a necessidade urgente do
ajuste fiscal, que ele classificou como um remédio amargo mas extremamente necessário.
“Precisamos corrigir distorções que estão, estas sim, empurrando nossa economia
para baixo”.
Ele chegou a defender,
inclusive, a mudança nas regras trabalhistas e na desoneração das folhas de
pagamentos das empresas: “No caso das regras trabalhistas, havia distorções que
faziam com que alguns benefícios ficassem, desnecessariamente, excessivamente
dispendiosos para toda a sociedade. Já a desoneração das folhas, foi uma medida
implantada com ótimas intenções mas na qual o governo errou a mão. Da forma
como estavam, elas terminaram gerando novas distorções, como o fato de que, por
exemplo, algumas empresas importadoras se utilizavam fortemente delas, que
foram criadas para permitir a alguns setores nacionais se protegerem destas
importações. Mas este assunto está com o Congresso agora, que irá decidir, de
maneira soberana, como deverá se dar esta mudança”, ressaltou ele.
NEGOCIAÇÕES
Outro ponto da pauta foi a
apresentação do Sistema de Negociação Coletiva do Comércio SNCC, uma nova
ferramenta que irá ajudar os sindicatos filiados ao Sistema Fecomércio a obter
todas as informações necessárias para que as negociações com os respectivos
sindicatos laborais possam ser conduzidas da melhor forma possível.
O sistema irá fornecer dados
como negociações semelhantes em outros estados, histórico de negociações
anteriores, pareceres de conjuntura e dados estatísticos.
Segundo informações do
primeiro vice-presidente da CNC, José Roberto Tadros, a intenção do SNCC é
simplificar e agilizar as negociações coletivas de modo que elas sejam mais
produtivas e eficientes. “Capital e trabalho precisam andar juntos para
garantir a efetividade da sua relação, que tem no foco central ser força motriz
da economia. Garantir a harmonização desta relação é algo que sempre perseguimos”,
diz ele.
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