Segundo cientistas, Marte já teve um oceano tão
extenso quanto o ártico, porém ele perdeu 87% de sua água no espaço
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Cientistas que trabalham na Nasa descobriram
que, em algum momento, existiu em Marte um oceano tão extenso quanto o Ártico.
A informação foi publicada nesta quinta-feira (5). Os pesquisadores também
calcularam, mediante a análise da atmosfera marciana, que o planeta vermelho
perdeu 87% de água no espaço.
No artigo publicado na revista especializada
"Science", a equipe explica que, quando Marte ainda era úmido, havia
água o bastante para cobrir completamente o planeta até uma profundidade de 137
metros.
Dada a formação geológica em Marte, não é de
hoje que os cientistas consideram essa parte do planeta como a zona mais
propícia para ter um oceano, que talvez tenha se estendido por 19% da
superfície de Marte. Em comparação, o Atlântico ocupa 17% da Terra.
"Nosso estudo estima que havia uma alta
concentração de água em Marte, ao determinar as quantidades perdidas no
espaço", explica Gerónimo Villanueva, um dos autores do trabalho e
pesquisador no Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, em Greenbelt (EUA).
A estimativa se baseia em observações muito
detalhadas sobre formas levemente distintas da água: a mais familiar, formada
por um átomo de oxigênio e dois de hidrógeno (H2O), e a água pesada, quando um
dos dois átomos de hidrogênio é substituído por deutério.
Usando o telescópio infravermelho Keck 2,
localizado no Havaí, e o poderoso telescópio europeu ESO, no Chile, os
cientistas puderam fazer a distinção entre a constituição química da água nos
dois casos. Comparando a proporção de água pesada na água normal, os
pesquisadores conseguiram deduzir quanto de água foi perdido no espaço.
UOL Notícias
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