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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Apreensões de armas ilegais no Brasil têm queda de 8%

O Brasil apreendeu menos armas de fogo ilegais em 2014. Segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a redução do número de armamentos recolhidos foi de 128.908 em 2013 para 118.379, queda de 8%. No total, 15 estados, entre eles São Paulo, Minas e Ceará, além do Distrito Federal, registraram diminuição. O dado reflete no aumento de mortes violentas no pais no ano passado, quando 58.559 pessoas foram assassinadas, como mostrou O GLOBO nesta quinta-feira.

O documento faz parte da 9ª edição do Anuário de Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado nesta sexta-feira pelo Fórum. O levantamento foi realizado a partir de requisições feitas junto aos governos estaduais e às Polícias Federal e Rodoviária, com apoio do Instituto Sou da Paz, e com base na Lei de Acesso à Informação. 

No estado de São Paulo, foram apreendidas 21.676 armas de fogo em 2014 - queda de 13% se comparado a 2013, ano em que as apreensões chegaram a 25.022. Em Minas Gerais, a retração chegou a 12% - de 24.589 para 21.706. Na Bahia, foi de 22%, indo de 6.211 para 4.832. O maior percentual de redução foi registrado no Amapá: de 379 para 138, ou 64%.

No entanto, o Rio de Janeiro, que teve média de 30 homicídios por cem mil habitantes em 2014, de acordo com dados do próprio Fórum Brasileiro de Segurança Pública, registrou aumento no recolhimento de armamentos de 6%. Em 2013, o número de apreensão de armas foi de 8.403. No ano seguinte, 8.894. Em contrapartida, Alagoas, onde a taxa de assassinatos é de 61,9 para cem mil habitantes (a maior do pais), teve crescimento de 8%, de 1.921 para 1.774.

O estudo aponta ainda que as polícias estaduais apreenderam 107,9 mil armas em 2014, 3,3% a menos do que no ano anterior, quando conseguiram tirar de circulação 111,6 mil. Já a Polícia Federal recolheu 8,9 mil armas no ano passado, quase metade (queda de 43,7%) do havia apreendido em 2013. A Polícia Rodoviária Federal manteve o mesmo ritmo de trabalho nos dois anos, aprendendo 1,5 mil armas em 2013 e outras 1,5 mil em 2014.

- É preocupante. A polícia está mais passiva, mais inerte, com menos programas de trabalho. As armas ilegais só são apreendidas com a prisão de bandidos ou com a abordagem de suspeitos. A polícia relaxou. Falta comando, gestão. É preciso ter metas e cobranças dessas metas. Isso não ocorreu. Cerca de 70% dos homicídios hoje no Brasil são por armas de fogo - afirmou José Vicente da Silva Filho, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e ex-secretário Nacional de Segurança Pública.

Para Marcos Bretas, professor e membro do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ, a arma é o maior problema em relação à violência hoje no país:

- É preciso reconhecer a tradição da sociedade de usar arma. É preciso quebrar padrões culturais. Além disso, as políticas públicas não têm dado centralidade no combate às armas. A maior preocupação é com as drogas. Mas a arma é o maior problema do Brasil.

O Globo

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