O endividamento dos produtores
rurais, o problema com o abastecimento de água e a previsão de mais um ano de
estiagem foram as principais preocupações destacadas pelos deputados estaduais
que participaram da audiência pública para discutir a temática da seca no
Estado. O debate, promovido na manhã desta quinta-feira (15), marca a ampliação
da participação da Assembleia Legislativa na Festa do Boi.
A inadimplência dos setores e
a necessidade de prorrogação dos prazos para pagamento dos empréstimos
concedidos pelas instituições financeiras aos produtores rurais foi defendida
pelo deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM). “É imperativo que se busque a
prorrogação dos empréstimos e que se possa, havendo empréstimo no futuro,
pactuar os pagamentos de acordo com as possibilidades das rendas oferecidas
pelas propriedades”, disse.
Gustavo Carvalho (PROS) cobrou
soluções emergenciais por parte do governo e instituições financeiras de
crédito. “Diante de mais um ano de enfrentamento da seca é importante o debate
aberto cobrando soluções para contornar os problemas que estão ameaçando
produtores em um momento que todos passam por dificuldade muito grande”, disse.
Hermano Morais (PMDB) também
citou o endividamento dos produtores rurais e enfatizou a necessidade de mais
apoio ao setor produtivo. “A maioria dos produtores estão endividados, passando
pela diminuição dos rebanhos. Por outro lado os programas do governo não
atendem nem estimulam o fortalecimento do setor, que segura o homem no interior
do estado, apesar da escassez de água. Por isso, estamos propondo a criação da
Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo Rural no RN, para discutir de
forma permanente essas questões de interesse desse segmento”, disse.
A audiência pública “A seca
que atinge os criadores e produtores do Rio Grande do Norte e ações
emergenciais” é uma oportunidade para levantar novas ideias de enfrentamento da
estiagem. É o que defende Dison Lisboa (PSD). “Mostra que a Assembleia está
antenada com esse momento e busca levantar novas ideias, propostas pra
desenvolver o estado e melhorar mediante essa grande seca que o estado está
atravessando”, destacou o parlamentar.
Diante da previsão de mais um
ano de estiagem, o deputado Souza Neto (PHS) teme pelo comprometimento da
produção rural do estado. “É a questão que mais preocupa. Se não houver uma
alternativa para essa questão, diante da perspectiva de inverno que não é
positiva, o problema vai se agravar mais ainda e a crise de abastecimento terá
como consequência, o comprometimento da produção”, destacou.
Enquanto o deputado Gustavo
Fernandes (PMDB) sugere uma parceria, Carlos Augusto Maia (PTdoB) convoca a
bancada federal para pressionar o Governo Federal. “E assim tentar garantir os
recursos necessários para combater a seca e a realização das ações de convívio
com a seca”.
Sobre a garantia de apenas R$
18 milhões para a Barragem de Oiticica no Orçamento da União de 2016, o
deputado Galeno Torquato (PSD) foi taxativo. “O Governo Federal priorizou a
transposição do São Francisco em detrimento das obras do Ministério da
Integração Nacional no Rio Grande do Norte. Como, em um momento de crise como
esse, ao invés de estimular ações de combate a seca, estão diminuindo recursos?
Não dá para entender”, questionou.
A audiência pública “A seca
que atinge os criadores e produtores do Rio Grande do Norte e ações
emergenciais” reuniu entidades representativas de classe, representantes de
todo o setor produtivo, criadores e Governo Estadual no Parque Aristófanes
Fernandes.
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