A disputa acirrada pelo hub da
LATAM ganhou um novo capítulo após a divulgação do estudo da empresa Arup, que
analisou a infraestrutura aeroportuária de Recife, Fortaleza e Natal. Segundo
repercussão na imprensa dos estados, houve um “empate” em condições técnicas
entre a capital cearense e potiguar. O aeroporto de Recife teria ficado para
trás, visto que precisaria construir um novo terminal, segundo alguns
especialistas.
Para o aeroporto Pinto
Martins, a consultoria apontou a necessidade de expansão orgânica do terminal
existente, com aumento da área e construção de um píer em continuidade ao
terminal existente, passando a movimentação dos atuais 27 para 40 aeronaves por
hora. Os cearenses apostam na concessão à iniciativa privada do terminal para
que os ajustes necessários sejam garantidos para o hub.
Para o aeroporto potiguar, a
recomendação é seguir com a ampliação já prevista no Plano Diretor (“Master
Plan”) do aeroporto, executando a expansão orgânica do terminal existente, com
aumento da área de terminal e construção de um píer em continuidade ao terminal
atual.
O secretário de Turismo do RN,
Ruy Gaspar, falou sobre a reunião e qual o sentimento após a apresentação da
análise.
“Senti uma confiança muito
grande por parte deles devido à postura que o Rio Grande do Norte teve desde o
início, quando na primeira reunião que tivemos com a presidente da TAM, o
governador Robinson Faria garantiu a redução do ICMS sobre o querosene de
aviação como atrativo. Outra vantagem que nós temos é a nossa infraestrutura
aeroportuária, com maior capacidade de expansão e completamente destravada
porque já tem todas as licenças ambientais liberadas. Os outros estados não têm
essa capacidade de expansão. Outras vantagens é que o nosso aeroporto é
privado, ou seja, o RN não terá qualquer custo com as adequações que precisarão
ser feitas”, disse.
Já para Pernambuco, as
recomendações foram mais exigentes, pede-se a construção de um novo terminal do
lado da pista que fica oposto ao terminal atual, o que vai requerer a liberação
da área hoje ocupada pela base militar. Ainda que indicativos políticos tenham
garantido a cessão, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que esse assunto
ainda está em análise pelo Comando da Aeronáutica.
Movimentação e incremento no
PIB
Segundo o estudo, a estimativa
é que o hub movimente, a partir de 2018, 2 milhões de passageiros adicionais
por ano, em 24 aeronaves operadas diariamente em simultâneo (entre 2.500 e
3.000 passageiros na hora-pico). Em 2038, o número de passageiros deverá chegar
a 3,2 milhões por ano, em 36 aeronaves operadas diariamente e simultâneo (mais
de 4.000 passageiros na hora-pico).
Ainda segundo a Arup, a
projeção de crescimento adicional do PIB das três cidades envolvidas no hub é
da ordem de 5% a 7%, considerando a média de cinco anos de operação. Nesse
período, o hub deve gerar de 34 mil a 42 mil novos empregos no Nordeste. O hub
está projetado para movimentar durante a primeira fase do desenvolvimento das
operações, num período de dois anos, 1,1 milhão de passageiros em voos de longo
curso e entre 1 e 1,2 milhão de passageiros dentro do Brasil e entre o país e
nações vizinhas da América do Sul por ano.
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