De O Globo
A Apple deve cortar a produção
dos modelos mais recentes de iPhone em cerca de 30% no trimestre de janeiro a
março devido ao acúmulo de estoques, noticiou o jornal japonês “Nikkei”,
sacudindo os nervos dos investidores de fornecedores asiáticos da gigante
norte-americana. Segundo o “Wall Street Journal”, fontes próximas ao assunto
informaram que a gigante tecnológica tem reduzido pedidos aos fornecedores nos
últimos meses.
Com os estoques do iPhone 6s e
6s Plus aumentando desde seu lançamento em setembro, a produção será reduzida
para deixar os vendedores cuidarem do seus próprios estoques atuais, noticiou o
diário japonês de negócios.
Uma porta-voz da Apple optou
por não comentar a reportagem japonesa, mas alguns fornecedores taiwaneses
apontaram a queda das vendas, uma rara folga de feriado e um subsídio do
governo como evidências da perspectiva preocupante. Segundo o “WSJ”, o grupo
chinês Foxconn Technology, que fabrica iPhones, prometeu US$ 12 milhões em
subsídios para minimizar layoffs nas operações da empresa. Os incentivos vieram
após a companhia iniciar um processo de demissões antes do feriado do ano Ano
Novo chinês.
Em outubro, o CEO da Apple,
Tim Cook, afirmou que esperava aumento das vendas de iPhones no primeiro
trimestre do ano fiscal, que terminou em dezembro, em relação ao mesmo período
do ano anterior. No entanto, Cook não fez projeções futuras.
A reportagem levou a uma queda
de 2,5% nas ações da Apple, que já perderam cerca de um quarto de seu valor
desde as máximas recordes em abril. As ações das principais fabricantes
asiáticas das telas e chips dos iPhones também tiveram fortes quedas nesta quarta-feira.
O “WSJ” afirma que o Foxconn
Technology se recusou a comentar se as mudanças na demanda pelo iPhone foi um
fator que contribuiu para o subsídio recebido pela prefeitura da cidade de
Zhengzhou, sede de uma fábrica que, segundo analistas, é uma das principais
base de produção do smartphone e emprega ao menos 200 mil trabalhadores.
“Os incentivos foram
fornecidos ao Foxconn em reconhecimento às contribuições da companhia para
manter nossa significante força de trabalho em nossa unidade em Zhengzhou ao
longo do ano”, afirmou a empresa em nota, segundo o jornal americano.
A Apple disse que seus
clientes gastaram mais de US$ 1,1 bilhão em aplicativos no final do ano. Nas
duas últimas semanas até 3 de janeiro, a empresa registrou recorde de vendas
para o período. Apenas no dia de Ano Novo, os clientes gastaram mais de US$ 144
milhões, quebrando o recorde anterior em um único dia definido no dia do Natal.
Os clientes compraram em
aplicativos para iPhone, iPad, Mac, a Apple Watch e Apple TV mais de 20 bilhões
de dólares na App Store em 2015, disse Philip Schiller, vice-presidente sênior
de marketing global da Apple.
A App Store gerou quase 40
bilhões de dólares para desenvolvedores no mundo todo desde 2008, com mais de
um terço gerado em 2015, disse a empresa.
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