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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Balança comercial tem em 2015 melhor saldo em 4 anos

Por G1

Com a economia brasileira em recessão e com o dólar alto, as importações desabaram 24,3% em 2015 e, com isso, o superávit (exportações menos compras do exterior) da balança comercial brasileira registrou o maior valor em quatro anos, segundo números divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao afirmar, no título, que as importações tiveram alta em 2015. O texto estava correto. O título foi corrigido às 15h07.) 

No ano passado, o saldo das transações comerciais do Brasil com o resto do mundo somou US$ 19,68 bilhões. Foi o maior valor para um ano fechado desde 2011, quando o superávit comercial somou US$ 29,79 bilhões. Em 2012 e 2013, houve um saldo positivo de, respectivamente, US$ 19,39 bilhões e de US$ 2,28 bilhões. Em 2014, foi contabilizado um déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 4,05 bilhões (número revisado).

Conta petróleo também ajuda
Ainda segundo números oficiais, a melhora da balança comercial também foi influenciada pela queda do preço do petróleo. Como o Brasil mais importa do que vende petróleo ao exterior, o recuo do preço favorece a melhora do saldo comercial do país.

A conta que inclui petróleo, derivados e combustíveis, teve déficit de US$ 5,73 bilhões em 2015, contra um resultado negativo de US$ 16,93 bilhões em 2014. Somente este fator, portanto, foi responsável por uma melhora de US$ 11,2 bilhões no saldo comercial no ano passado (47% da reversão do saldo comercial registrado em 2015).

Exportações e importações
No ano passado, as exportações somaram US$ 191,13 bilhões, com média diária de US$ 764 milhões (queda de 14,1% sobre 2014). Foi o menor valor, para um ano fechado, desde 2009 - pela média diária, fator considerado mais apropriado por especialistas.

Em 2015, recuaram as vendas de semimanufaturados (-7,9%) e de produtos básicos (-19,5%). e também de manufaturados, que tiveram uma recuo de 8,2%.

As importações, por sua vez, somaram US$ 171,45 bilhões no ano passado, ou US$ 685 milhões por dia útil, uma queda de 24,3% em relação ao ano de 2014, segundo números oficiais. Também é menor valor, para um ano fechado, desde 2009.

A queda nas importações foi puxada por menores gastos com combustíveis e lubrificantes (-44,3%), matérias-primas (-20,2%), bens de consumo (-19,6%) e máquinas e equipamentos para produção (-20,2%).

Dezembro foi o melhor mês da história
Em dezembro do ano passado, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, as exportações superaram as importações em US$ 6,24 bilhões. Foi o maior saldo mensal positivo para todos os meses, desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 1989.

O resultado do mês passado foi influenciado pela "exportação" de uma plataforma de extração de petróleo, no valor de US$ 818 milhões. Neste tipo de operação, que já foi realizada anteriormente, a plataforma não chegou, porém, a sair do Brasil.

Ela foi comprada de fornecedores brasileiros por subsidiárias no exterior e depois "internalizada" no Brasil como se estivesse sendo "alugada", mesmo sem deixar o país fisicamente. Esse expediente – que é legal e está de acordo com as regras internacionais – permite às empresas do setor recolherem menos tributos. O processo é chamado de "exportação ficta".

Compradores e vendedores
Segundo os números do governo, a China continuou sendo o maior comprador de produtos brasileiros no ano passado. Em 2015, o país asiático comprou US$ 35,6 bilhões do Brasil, seguida pelos Estados Unidos (US$ 24,2 bilhões), Argentina (US$ 12,8 bilhões) e Países Baixos (US$ 10 bilhões).

Ao mesmo tempo, a China também foi o maior vendedor para o Brasil em 2015. No ano pasasdo, as importações do país asiático somaram US$ 30,7 bilhões), seguido dos Estados Unidos (US$ 26,8 bilhões), da Alemanha (US$ 10,4 bilhões) e da Argentina (US$ 10,3 bilhões).

Estimativas do mercado e do BC para 2016
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A própria autoridade monetária também prevê melhora no saldo comercial.


A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 35 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior para 2016. Essa é a  mesma previsão de saldo positivo do Ministério do Desenvolvimento para este ano. Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 30 bilhões para este ano, com exportações em US$ 190 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 160 bilhões.

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