De O Globo
O dólar comercial avança 1,04%
nesta quinta-feira, a R$ 4,064, e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cai
2,14% (40.877 pontos) acompanhando a tensão dos mercados globais com a economia
da China. O nervosismo foi desencadeado pela decisão do banco central chinês de
desvalorizar em 0,51% a taxa de câmbio em torno da qual o yuan pode flutuar
durante o dia.

O yuan está autorizado a
flutuar ante o dólar com uma margem de mais ou menos 2% a partir de uma taxa de
referência, definida pelo Banco Central chinês (PBOC). A desvalorização da
moeda chinesa é um sinal de preocupação com a economia, pois serve para
estimular as exportações.
Na Europa, as Bolsas registram
forte queda, com o índice de referência europeu Euro Stoxx 50 caindo 2,95%,
enquanto a Bolsa de Londres recua 2,69%. Em Paris, a queda é de 2,78%, e em
Frankfurt, de 3,46%. A Bolsa de Tóquio fechou com forte baixa, em seu nível
mínimo em três meses. O índice Nikkei perdeu 2,33%. O Hang Seng, da Bolsa de
Hong Kong, fechou em baixa de 3,1%, a maior queda desde julho de 2013. A Bolsa
de Sydney registrou queda de 2,2% e a de Seul perdeu 1,1%.
Pela segunda vez nesta semana,
as bolsas de Xangai e Shenzhen ativaram nesta quinta-feira o mecanismo que
suspende automaticamente o pregão quando há uma queda muito expressiva. Quando
a queda superou os 5%, houve uma paralisação de 15 minutos. A sessão foi
retomada, mas acabou definitivamente suspensa quando a perda superou os 7%. A
baixa expressiva foi causada pela desvalorização da moeda local, o yuan, pelo
governo. Os demais mercados asiáticos também fecharam em queda e os da Europa
abriram em baixa.
O índice geral de Xangai (SSE
Composite), o principal indicador dos mercados chineses, fechou nesta
quinta-feira em baixa de 7,32%, enquanto o de Shenzhen (SZSE Component)
despencou 8,35%.
O mecanismo de suspensão dos
negócios já havia entrado em vigor na segunda-feira, no primeiro pregão do ano,
para reduzir a volatilidade das Bolsas chinesas e evitar a repetição do
desastre ocorrido no verão passado.
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